Galípolo diz que BC faz trabalho para colher resultados de queda da inflação
BRASÍLIA (Reuters) -O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira que o câmbio está em um patamar muito diferente do que há um ano e que as projeções para a inflação e o PIB estão melhorando.
Questionado, em evento da revista Piauí, se avalia que a política monetária do Banco Central conduzida pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, está correta, Galípolo disse enxergar "complexidade adicional" nas decisões e entender a construção por trás das ações da autarquia.
"Acho que o Banco Central vêm fazendo um trabalho, e atuando nesse sentido, para colher justamente isso (a desaceleração da inflação). Tenho certeza que ninguém no Banco Central tem qualquer tipo de...desejo de manter a taxa juros alta. Acho que é uma política calcada no que realmente se acredita que é o caminho", afirmou o indicado para assumir a diretoria de Política Monetária do BC
O secretário, que ainda terá que passar este mês por sabatina no Senado, responsável por apreciar sua indicação ao BC, disse que seria "desrespeitoso" com a casa legislativa e com o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC fazer comentários sobre a taxa de juros.
"Acho que é meio indiscutível que o câmbio hoje está em um patamar muito diferente do que estava na virada do ano", afirmou Galípolo. "As taxas de juros longas...vêm cedendo gradativamente de maneira consistente como vem mostrando essa projeção. As projeções sobre o crescimento do PIB também vêm melhorando e as projeções sobre a inflação e a inflação corrente também vêm melhorando", afirmou.
O secretário ressaltou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito um bom trabalho e derrubado o ceticismo do qual era alvo no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O ministro carregava uma alta dose de ceticismo e é legítimo esse ceticismo. O que acho que foi acontecendo foi que, gradativamente, foi se tendo vitórias e essas vitórias foram demonstrando que aquilo (reduzir o déficit) era possível e esse ceticismo foi sendo vencido", disse.
(Reportagem de Victor Borges; edição de Isabel Versiani e Fabrício de Castro)
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