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Santander melhora projeções para economia e inflação em 2023 e reduz previsão para Selic

16/06/2023 10h47

SÃO PAULO (Reuters) - O Santander Brasil melhorou com força sua estimativa para o crescimento da economia neste ano após o forte desempenho no primeiro trimestre, ao mesmo tempo em que passou a ver a inflação mais baixa e uma taxa básica de juros menor.

O banco passou a ver expansão do Produto Interno Bruto do Brasil de 1,9% em 2023, contra 1,0% antes, citando "um número ainda mais forte do que o esperado para a agropecuária, seus efeitos positivos em outros setores, e o efeito de uma maior resiliência do mercado de trabalho (com massa salarial mais alta) no setor de serviços".

No entanto, a economista-chefe Ana Paula Vescovi e a equipe de macroeconomia do Santander ressaltaram continuar vendo sinais de desaceleração à frente, citando o impacto das condições financeiras sobre segmentos mais cíclicos e a expectativa de que os positivos da safra recorde sejam limitados ao primeiro trimestre e início do segundo.

De acordo com dados do IBGE, o PIB brasileiro expandiu 1,9% no primeiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, em um dado que ficou acima da expectativa graças ao impulso do setor agrícola.

Depois desse resultado, economistas e instituições financeiras vêm revisando para cima suas estimativas para a economia neste ano.

O Santander deixou inalterados os cenários para 2024 e 2025, prevendo respectivamente crescimento econômico de 0,5% e 1,5%.

O banco ainda melhorou a perspectiva para a inflação em 2023 a 5,2%, de 6,0% antes, sem alterar as contas para os dois anos seguintes, que permanecem em 3,9% e 4,5%.

Diante desse cenário, o Santander passou a ver a taxa básica de juros Selic em 12,5% ao final deste ano, de 13,0% antes, em linha com a perspectiva do mercado na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central com uma centena de economistas.

O BC volta a se reunir na semana que vem para deliberar sobre a taxa básica de juros, e a expectativa no Focus é de manutenção no atual patamar de 13,75%, com queda a partir de setembro.

"As condições de voo para a política monetária começam a melhorar, ainda que de forma bem gradual, à medida que o (necessário) aperto promovido pelo BC começa a mostrar efeitos iniciais sobre a economia e sobre a inflação", destacou o Santander.

O Santander informou que as revisões já levaram em conta o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de abril, divulgado nesta manhã pelo Banco Central, que registrou alta de 0,56% sobre o mês anterior, resultado acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,20%.

(Por Camila Moreira)