Paris Airshow retorna com maior encomenda de aviões já registrada
Por Tim Hepher e Joanna Plucinska
PARIS (Reuters) - A Airbus anunciou um acordo recorde de 500 aeronaves com a companhia aérea indiana IndiGo no primeiro dia do Paris Airshow nesta segunda-feira, enquanto a forte demanda por aviões e mísseis disputa a atenção com os problemas na cadeia de suprimentos do setor.
O acordo multibilionário de aviões de corredor único --o maior já feito em termos de número de aeronaves-- confirma uma reportagem da Reuters deste mês e supera a compra provisória de 470 jatos Airbus e Boeing pela Air India mais cedo neste ano.
O maior evento aéreo do mundo, que alterna com a Farnborough, no Reino Unido, está em Le Bourget pela primeira vez em quatro anos depois que a edição de 2021 foi vítima da pandemia.
O presidente francês, Emmanuel Macron, voou de helicóptero para o evento e assistiu a uma demonstração de voo do jato A321XLR, da Airbus, e do caça francês Rafale.
Do lado comercial, os fabricantes de aviões chegaram com expectativas crescentes de demanda, à medida que as companhias aéreas correm para atender à demanda e ajudar a atingir as metas da indústria de emissões líquidas zero até 2050.
Mas eles também enfrentam um desafio para atender a essa demanda, pois os fornecedores lutam com custos crescentes, escassez de peças e falta de mão de obra qualificada após a pandemia.
Os executivos do setor dizem que até 2 mil pedidos de jatos estão em disputa em todo o mundo num mercado renascido de jatos comerciais, além dos já anunciados provisoriamente, enquanto as companhias aéreas tentam preencher um vazio deixado por quedas acentuadas na atividade durante a pandemia.
Apenas uma parte desses novos negócios em potencial estará pronta a tempo para o Airshow desta semana, que pode ter uma mistura de anúncios novos e repetidos, disseram eles.
O acordo da IndiGo destaca a crescente importância da Índia, o mercado de aviação de mais rápido crescimento no mundo, para os fabricantes de aviões.
DEFESA
O evento acontece sob a sombra do conflito na Ucrânia, sem a presença russa nos stands e expositores, ao contrário do último evento, quatro anos atrás.
A expectativa é que algumas autoridades ucranianas e empresas aeroespaciais estejam presentes.
Do lado da defesa, a Bélgica disse que irá se candidatar para se juntar como uma observadora ao potencial sucessor do Rafale e da multinacional Eurofighter, o projeto de caça franco-alemão-espanhol FCAS, apesar das diferenças entre os parceiros industriais sobre a possibilidade de expandir o projeto.
A francesa Thales anunciou um contrato com a Indonésia para 13 radares de vigilância aérea de longo alcance.
A Airbus deve ainda confirmar que a Qantas está exercendo opções para mais nove A220, conforme anunciado pela companhia aérea este ano.
A Airbus também está perto de um pedido potencialmente grande de jatos de fuselagem estreita da companhia mexicana de baixo custo Viva Aerobus, disseram fontes do setor no domingo.
O número de aviões em discussão passa de 100, disseram eles, embora algumas fontes tenham dito que o número no acordo final pode se aproximar de 60.
(Reportagem de Tim Hepher, Joanna Plucinska, Allison Lampert e Valerie Insinna)
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