Cemig estuda opções para renovar concessões hídricas, avalia IPO da Gasmig
SÃO PAULO (Reuters) - A Cemig está estudando todas as opções na mesa para renovar as concessões de três usinas hidrelétricas, não tendo descartado ainda nenhuma alternativa, disse nesta sexta-feira o diretor de geração e transmissão da estatal mineira, Thadeu Carneiro.
"O que estamos trabalhando hoje são todas as oportunidades, e obviamente isso tudo depende do poder concedente para ver qual delas vai ser a possível de ser realizada... Não estamos optando por uma em detrimento da outra", afirmou o executivo, durante teleconferência de resultados.
No mês passado, a Cemig divulgou que manifestou à União seu interesse em prorrogar as concessões das usinas Sá Carvalho, Emborcação e Nova Ponte sob o regime de cotas de garantia física, mas ponderou que analisava outras alternativas legais.
Além da prorrogação por cotas, a companhia pode renovar as concessões por meio da venda do controle das usinas. Essa alternativa, porém, dependeria de aprovação do legislativo local, já que representaria a assunção por uma outra empresa de parte relevante do parque gerador da Cemig.
Outra alternativa seria a privatização da "empresa-mãe", isto é, da própria Cemig. Esse cenário se assemelharia ao caso da Copel, que conseguiu atrelar a renovação integral sua principal usina hidrelétrica, Foz do Areia, ao processo de privatização -- se continuasse estatal, a Copel teria que renovar a concessão sob as mesmas condições aplicadas à Cemig.
DESINVESTIMENTOS
Ainda na teleconferência, o diretor da CemigPar, Marco Soligo, comentou que a companhia já finalizou trabalhos preparatórios internos sobre uma potencial abertura de capital da distribuidora de gás Gasmig, mas que ainda não há decisão tomada sobre seguir com esse processo.
"Talvez a gente não a faça, porque isso está muito relacionado ao processo de desestatização da própria Cemig. Dependendo de como esse processo anda, a gente faz a abertura de capital da Gasmig", disse.
Soligo comentou ainda que a elétrica segue com estudos internos e com assessores externos para eventual alienação de participação na transmissora Taesa e em outras empresas. "Queremos estar preparados para quando a oportunidade se concretizar".
PLANO DE INVESTIMENTOS
Em paralelo, a elétrica mineira está "otimista" de que conseguirá executar os 5,4 bilhões de reais em investimentos previstos para seus negócios neste ano, com destaque para 3,2 bilhões de reais na distribuição de energia, disse o diretor financeiro, Leonardo Magalhães.
Segundo ele, a companhia fez investimentos relativamente tímidos nos negócios de geração centralizada, geração distribuída, transmissão e gás no primeiro semestre, e tem a expectativa de acelerar os aportes na segunda metade do ano.
(Por Letícia Fucuchima)
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