Taxas de juros futuros recuam em linha com arrefecimento dos rendimentos dos EUA

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos contratos futuros de juros fecharam em queda no Brasil nesta terça-feira, reflexo do recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior após os yields terem atingido os maiores níveis em anos em meio a preocupações com a política monetária do Federal Reserve.

Os rendimentos dos títulos soberanos norte-americanos caíram nesta sessão após terem atingido máximas em 16 anos, impulsionados em grande parte por temores de que a resiliência da economia dos EUA levará o Fed a adiar seu ciclo de afrouxamento monetário. A queda dos yields abriu espaço para uma recuperação do apetite por risco internacional no dia.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,425%, ante 12,44% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,545%, ante 10,60% do ajuste anterior. Na ponta longa, a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,17%, ante 10,26% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,38%, ante 10,472%.

Nesta sessão, ficaram no radar de investidores falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que disse que a batalha contra inflação no Brasil não está ganha e que a autoridade monetária precisa persistir com uma postura restritiva.

Já o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira que o Brasil tem espaço para cortar a Selic sem tirar a taxa de juros de patamar restritivo.

(Por Luana Maria Benedito)

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