Musk recorre para não depor em ação sobre acidente fatal com carro da Tesla

Por Mike Scarcella

(Reuters) - O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, pediu a um tribunal de recursos do Estado da Flórida que derrube a ordem de um juiz que afirmou que ele pode ser interrogado em um processo de homicídio culposo envolvendo um acidente em alta velocidade de um dos sedãs Modelo S da fabricante de veículos elétricos.

A contestação legal da Tesla no Tribunal de Apelação do 4º Distrito afirma que Musk, como líder corporativo, deveria ser protegido de esforços "perturbadores e onerosos" dos advogados dos autores da ação contra ele.

Musk não é parte na ação judicial ou na apelação, apresentada na sexta-feira em West Palm Beach.

Mas as declarações dele estão em questão no caso, depois que ele se comunicou com a família logo após a morte do motorista de 18 anos. A família de um passageiro que também morreu no acidente obteve uma ordem judicial em julho que lhes permitiu questionar Musk por até 60 minutos sobre certos comentários que ele supostamente fez sobre a tecnologia da Tesla relacionada ao acidente.

Musk e um representante da Tesla não responderam imediatamente a pedidos de comentários nesta quarta-feira.

O motorista estava a 187 km/h em uma curva com limite de 40 km/h quando perdeu o controle de seu carro e bateu em duas paredes de concreto, de acordo com os registros do tribunal.

Os pais do motorista disseram que um técnico da Tesla, sem o conhecimento deles, desativou um "limitador" de velocidade no sedã que proibia o carro de passar de 136 km/h.

A Tesla negou as alegações nos processos estaduais e federais e sustentou que a operação "imprudente" do veículo pelo motorista causou o acidente "com ou sem um limitador de velocidade"

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Os advogados da Tesla disseram que Musk não se lembra de ter dito nada além de oferecer suas condolências à família do motorista.

Mas o pai do motorista, como parte de seu depoimento, lembrou-se de Musk dizendo "talvez não devêssemos ter removido o limitador" e também que a Tesla "terá que analisar e revisar" suas políticas.

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