Vaca Muerta na Argentina tem recorde com aumento de capacidade com novo gasoduto

BUENOS AIRES (Reuters) - A província de Neuquén, no sul da Argentina, que abriga a enorme formação de xisto de Vaca Muerta, registrou uma quantidade diária recorde de gás injetado no sistema de gasodutos do país, superando 100 milhões de metros cúbicos por dia, anunciou o governo na quarta-feira.

Considerada a segunda maior reserva de gás de xisto do mundo e a quarta maior em termos de óleo de xisto, a região está se beneficiando de um novo e importante gasoduto, que expandiu a quantidade de gás que pode ser transportado a partir da formação.

O governo da Argentina faz uma grande aposta em Vaca Muerta, esperando que o aumento da produção interna e da capacidade de transporte possa anular um déficit energético de 4,5 bilhões de dólares do ano passado, ajudando o país endividado a poupar as suas escassas reservas de moeda estrangeira.

O país inaugurou no mês passado a primeira fase de um novo e importante gasoduto que liga a formação à capital Buenos Aires, uma seção de 570 quilômetros que acrescenta uma capacidade de 22 milhões de metros cúbicos por dia.

“Continuamos nesta trajetória ascendente de produção, o que nos deixa muito felizes, porque não significa apenas mais trabalho e crescimento para a nossa província, mas também maior independência econômica para o país”, disse o governador de Neuquén, Omar Gutiérrez.

A quantidade diária de gás transportado da província nos últimos dias é quase 8 milhões de metros cúbicos superior à média de julho, informou a secretaria de Energia em comunicado. Não houve clareza sobre durante que período a produção mais elevada foi mantida.

A Argentina lançou recentemente uma concorrência para novas obras em outro novo gasoduto, com objetivo de transportar a produção de gás de Vaca Muerta para o norte do país. 

(Reportagem de Eliana Raszewski; Redação de Carolina Pulice)

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