Presidente da Câmara dos EUA apresenta medida em duas etapas para evitar paralisação do governo

Por David Morgan

WASHINGTON (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mike Johnson revelou no sábado uma medida provisória republicana de gastos, com o objetivo de evitar uma paralisação do governo daqui a uma semana, mas a medida rapidamente encontrou oposição de parlamentares de ambos os partidos no Congresso.

Ao contrário das resoluções contínuas ordinárias, ou “CRs”, que financiam agências federais por um período específico, a medida anunciada por Johnson financiaria algumas partes do governo até 19 de janeiro e outras até 2 de fevereiro.

“Esta resolução contínua em duas etapas é um projeto de lei necessário para colocar os republicanos da Câmara na melhor posição para lutar por vitórias conservadoras”, disse Johnson em comunicado após anunciar o plano aos republicanos da Câmara em uma teleconferência.

O projeto republicano da Câmara não continha financiamento suplementar, como ajuda a Israel ou à Ucrânia.

A Câmara e o Senado, liderado pelos democratas, devem chegar a acordo sobre um dispositivo de gastos que o presidente Joe Biden possa sancionar até sexta-feira, ou correrá o risco de uma quarta paralisação parcial do governo em uma década, que fecharia parques nacionais e interromperia o pagamento de até 4 milhões de trabalhadores federais, interrompendo uma série de atividades, desde a supervisão financeira até a pesquisa científica.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse em um comunicado que a proposta era "apenas uma receita para mais caos republicano e mais paralisações". Ela disse que "os republicanos da Câmara estão perdendo um tempo precioso com uma proposta pouco séria que foi criticada por membros de ambos os partidos".

Johnson, o principal republicano no Congresso, revelou sua proposta um dia depois que a Moody's, a última grande agência de classificação de crédito a manter uma classificação máxima "AAA" para o governo dos EUA, reduziu sua perspectiva sobre o crédito do país para "negativa", de "estável", citando a polarização política no Congresso sobre os gastos como um perigo para a saúde fiscal do país.

(Reportagem de David Morgan; reportagem adicional de Timothy Gardner)

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