Governo do RJ recria Secretaria de Segurança Pública e escolhe policial federal para comandá-la

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo do Rio de Janeiro decidiu recriar a extinta Secretaria de Segurança Pública, a ser comandada por um agente da Polícia Federal, informou o governador Cláudio Castro (PL), que enfrenta uma crise na área de segurança do Estado.

A pasta foi extinta em 2019, no governo de Wilson Witzel, que foi alvo de um impeachment após denúncias de irregularidades no combate à pandemia de Covid-19.

Desde a decisão há 4 anos, a Secretaria de Segurança Pública foi desmembrada em duas, a de Polícia Civil e a de Polícia Militar.

A pasta da Segurança será ocupada pelo delegado da Polícia Federal Victor dos Santos, segundo o governador.

"Como uma das primeiras ações da pasta, determinei ao novo secretário, Victor César dos Santos, a criação de um plano de segurança que integre ainda mais as nossas forças. Também vamos investir em uma corregedoria unificada para trazer ainda mais rigor às investigações", disse Castro em uma rede social.

Santos já atuou em varias frentes contra o crime organizado e o jogo do bicho e tem passagem pela PF no Estado.

"Reitero meu compromisso máximo com a população, de seguir combatendo a criminalidade que assola não só o Rio de Janeiro, mas também o Brasil", adicionou Castro na publicação.

O Estado enfrenta uma grande crise na área de segurança, o que levou o governo fluminense a pedir ajuda ao governo federal.

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Desde o mês passado, mais de 300 agentes da Força Nacional de Segurança reforçam o patrulhamento de estradas no Estado, e militares das Forças Armadas atuam com poder de polícia em locais como portos, o aeroporto do Galeão e nas baías de Guanabara e de Sepetiba, após o governo federal decretar uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) com validade até maio de 2024.

O anúncio foi feito após uma série de casos de violência provocada pelo crime organizado no Rio de Janeiro, em meio a disputas territoriais por diferentes facções envolvidas com o tráfico de drogas e milícias que controlam bairros inteiros em algumas áreas da cidade.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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