Unilever reduz quase pela metade cortes de pessoal
Por Richa Naidu
LONDRES (Reuters) - A Unilever está cortando cerca de 1.500 empregos a menos na Europa do que o inicialmente previsto e contratando cerca de 1.000 funcionários para a divisão de sorvetes que será em breve desmembrada do restante do grupo, disse à Reuters o chefe da entidade sindical vinculada à companhia.
A empresa britânica vem tentando simplificar seus negócios no último ano sob o comando do presidente-executivo, Hein Schumacher.
Antes de sua nomeação, a Unilever havia tido um desempenho fraco durante anos e foi criticada por permitir que seu portfólio de marcas crescesse para cerca de 400, deixando a administração com pouco tempo para se concentrar em seus melhores desempenhos.
Alguns investidores também disseram que a Unilever foi muito lenta para recuperar as margens após a pandemia e que precisava se tornar mais enxuta.
A Unilever anunciou no início deste ano cortes de 7.500 funcionários em todo o mundo como parte de uma reestruturação para economizar cerca de 800 milhões de euros. A empresa também disse que vai desmembrar a operação de sorvetes, que abriga marcas como Ben & Jerry's e Magnum.
O Conselho Europeu de Trabalhadores da Unilever (UEWC) criticou fortemente essas decisões, dizendo que um realinhamento do negócio de sorvetes poderia ter sido gerenciado com sucesso dentro da Unilever.
O presidente do UEWC, Hermann Soggeberg, disse à Reuters na sexta-feira que a entidade sindical havia, no entanto, chegado a um acordo em outubro com a Unilever que prevê uma redução de cerca de 1.700 empregos na Europa.
"Negociamos intensamente com a empresa durante todo o verão", disse Soggeberg.
O representante disse que a Unilever ainda está fazendo as economias que prometeu aos investidores, mas conseguiu reduzir significativamente os cortes de pessoal na Europa por meio de projetos de economia de 2022 a 2024 e não contratando externamente.
Soggeberg disse que cerca de 1.000 empregos adicionais serão oferecidos na empresa europeia de sorvetes da Unilever, principalmente para os funcionários afetados pelos cortes de pessoal no restante das áreas da Unilever.
O mercado espera que a cisão do negócio de sorvetes seja concluída até o final de 2025.
"Continuamos totalmente no caminho certo para entregar a economia de 800 milhões de euros de nosso programa de produtividade", disse um porta-voz da Unilever.
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