Ações europeias sobem após dados de inflação dos EUA em linha com expectativas e BCE em foco

Por Sruthi Shankar e Johann M Cherian

(Reuters) - As ações europeias se recuperaram de perdas do início da sessão e fecharam em alta nesta quarta-feira, conforme investidores aumentaram as apostas de que o Federal Reserve poderá reduzir a taxa de juros neste mês, após um relatório de inflação dos Estados Unidos em linha com expectativas.

Após cair mais cedo, o índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,28%, a 519,95 pontos, depois que dados dos EUA mostraram que o índice de preços ao consumidor norte-americano subiu como esperado em novembro, tanto em termos mensais quanto anuais.

As chances de um corte de 25 pontos-base pelo Fed na próxima semana ficaram em 95%, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, em comparação com cerca de 85% antes dos dados.

Na quinta-feira, o foco estará na decisão política do Banco Central Europeu (BCE), com dados de probabilidades da LSEG indicando 85% de chance de uma redução de 25 pontos-base.

"A fraqueza nas pesquisas de negócios, combinada com o potencial de tarifas sobre as exportações europeias para os EUA, aumenta o risco de uma recessão europeia", disse Joe McConnell, Gerente de Portfólio de Estratégias de Liquidez Europeia do J.P. Morgan Asset Management.

McConnell espera que o BCE corte os juros em 0,25% em cada reunião até junho, reduzindo a taxa para 2% até meados do próximo ano.

O índice de bancos, mais sensível aos juros, subiu 0,1%, atingindo seu maior nível desde agosto de 2015. De modo mais amplo, as expectativas de cortes nos juros têm sido o principal impulsionador da alta de 8,6% do STOXX 600 até o momento neste ano.

O setor aeroespacial e de defesa liderou os ganhos do dia com uma alta de 1,4% e testemunhou os maiores ganhos entre seus pares este ano. Investidores monitoraram o último ataque da Ucrânia contra a Rússia usando mísseis fabricados nos EUA.

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O índice de referência da Espanha atingiu o menor nível em uma semana e o setor de varejo perdeu 1,8%, registrando sua maior baixa percentual em mais de um mês, pressionados pela queda de 6,5% da Inditex, proprietária da varejista espanhola de fast-fashion Zara.

Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,26%, a 8.301,62 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,34%, a 20.399,16 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,39%, a 7.423,40 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,60%, a 34.731,31 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,47%, a 11.789,30 pontos.

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Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,14%, a 6.352,01 pontos.

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