Governador do Piauí admite deixar cargo para concorrer ao Senado
O governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), admitiu, nesta segunda-feira, 24, pela primeira vez, que vai deixar o cargo até dia 4 de abril para concorrer ao Senado Federal em outubro. Martins é um dos principais defensores da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência.
Segundo relatos da imprensa de seu Estado, confirmados por fontes ao Valor PRO ? serviço de informação em tempo real do Valor ?, Martins disse, hoje, depois de participar de um evento oficial no palácio do governo, que deve renunciar ao cargo até o prazo legal para disputar a eleição, seis meses antes do primeiro turno. "Confio plenamente no vice-governador [Antônio José de Moraes Souza Filho - PMDB] e não tenho dúvida de que ele continuará o grande projeto que iniciamos", disse o governador.
Pela chapa discutida atualmente, Wilson Martins vai concorrer ao Senado e apoiar o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) ao governo, com o ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes (PSDB) como vice.
A coligação teria, assim, defensores dos três principais candidatos à Presidência no palanque: de Campos, da presidente Dilma Rousseff, coligada com o PMDB, e do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
A chapa mais provável para enfrentar o grupo do atual governador é o senador Wellington Dias (PT), ex-governador que estava do lado de Martins em 2010. O petista concorreria ao Palácio de Karnak e daria apoio à reeleição do senador João Vicente Claudino (PTB), com a deputada federal Iracema Portella (PP) como vice.
Além de Martins, outro governador que já confirmou publicamente que deixa o governo até 4 de abril para concorrer ao Senado é Antônio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), também vai deixar o posto para dar mais destaque ao seu vice e candidato, Luiz Fernando Pezão (PMDB), mas ainda é incerto se vai concorrer à Câmara dos Deputados ou ao Senado.
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