Candidatos veem empresa renomada como "trampolim" para emprego melhor
Empresas consideradas renomadas em seus setores têm mais facilidade de contratar profissionais em início de carreira - mas não apenas porque eles veem mais oportunidades nessas companhias. Para eles, o emprego em uma organização famosa é visto como "facilitador" para conseguir um trabalho melhor no futuro.
A conclusão é de um estudo de professores da escola de negócios Wharton, da Universidade da Pensilvânia, dos Estados Unidos. "Isso mostra essencialmente que é possível pagar as pessoas com reputação", explica o professor de administração da escola, Matthew Bidwell, um dos coautores do artigo. "Eles aceitarão um salário menor no início da carreira porque acham que a reputação da empresa onde trabalham vai resultar em uma remuneração maior no futuro."
O estudo apontou, ainda, que eles estão certos: profissionais que deixaram empresas de renome conseguiram posteriormente empregos de níveis mais altos do que aqueles que saíram de companhias menos conhecidas.
A pesquisa foi realizada com alunos da Wharton e rankings de reputação de bancos de investimento americanos. Segundo os autores, o setor foi escolhido por ter uma hierarquia clara entre o status de cada empresa, e a "dança das cadeiras" de profissionais entre uma e outra ser bastante comum.
Pelos resultados, os profissionais mais jovens se mostraram muito mais propensos a aceitar uma oferta de emprego de uma empresa de renome. Esse fator foi mais valorizado do que todos os outros, como salário, oportunidade de avançar na carreira, a possibilidade de se desenvolver e o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
No entanto, à medida que os profissionais acumulam mais anos de experiência, essa vantagem desaparece, e as empresas de renome encaram o desafio de reter esses talentos. "Os profissionais mais seniores possuem uma atitude em que pensam 'se sou um vice-presidente do Goldman Sachs, todos já sabem que sou bom, isso já está visível para todos'. Então o valor de continuar a trabalhar no Goldman Sachs diminui. Para esse profissional continuar na empresa, será preciso pagar mais a ele", diz Bidwell.
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