Lava-Jato: Justiça mantém prisão de vice-presidente da Mendes Júnior
Na decisão em que manteve a prisão preventiva do vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, o juiz Sergio Moro afirmou que somente a suspensão dos atuais contratos da empresa com a Petrobras seria eficaz para "afastar o risco à ordem pública". "A única alternativa eficaz para afastar o risco à ordem pública seria suspender os atuais contratos da Mendes Júnior com a Petrobras e com outras entidades da Administração Pública direta ou indireta, em todos os três âmbitos federativos. Somente dessa forma, ficaria afastado, de forma eficaz, o risco de repetição dos crimes", afirmou o magistrado.
No entanto, o juiz ponderou sobre as consequências resultantes de tal medida: "Entretanto, essa alternativa não é provavelmente desejada pelo investigado ou por sua empresa e teria, sem cautelas, impactos negativos para terceiros, como demais empregados e para aqueles dependentes ou beneficiados pelas obras públicas em andamento".
Moro também citou "o poderio econômico das empreiteiras" como razão para negar liberdade ao executivo Sergio Mendes: "(...)O poderio econômico das empreiteiras, inclusive com filiais e amplos recursos econômicos no exterior, oportuniza aos investigados fácil refúgio alhures", destacou.
"No caso de Sérgio Cunha Mendes, chama também a atenção o fato do bloqueio de ativos em contas bancárias ordenado por este juízo ter alcançado resultado bastante modesto (cerca de R$ 700.407,06 apenas), pelo menos considerando o esperado por sua condição econômica e pela circunstância, notificada pela imprensa, de ter vindo à Curitiba em avião a jato particular para se apresentar", justificou Moro.
O magistrado alertou ainda para "consequências da prática crimes no âmbito de seus negócios com a Administração Pública": "A prisão cautelar do investigado, até o momento identificado como o principal responsável na Mendes Júnior pela prática dos crimes, se impõe para prevenir a continuidade do ciclo delituoso, alertando não só a ele, mas também à empresa das consequências da prática crimes no âmbito de seus negócios com a Administração Pública".
Mendes é um dos 11 executivos de empreiteiras presos durante a 7ª fase da operação Lava-Jato, deflagrada no dia 14 de novembro.
O juiz titular dos processos da Lava-Jato também prorrogou os prazos para conclusão dos inquéritos policiais que investigam eventuais crimes cometidos pelos responsáveis do Consórcio CNCC - Camargo Corrêa - CNEC, OAS S.A, Engevix Engenharia, Constran S.A - Construções e Comércio, Mendes Júnior e Galvão Engenharia S.A. Segundo Moro, "afigura-se salutar conceder mais tempo à Polícia Federal para a melhor análise do material apreendido [nas ações de busca e apreensão]".
No entanto, o juiz ponderou sobre as consequências resultantes de tal medida: "Entretanto, essa alternativa não é provavelmente desejada pelo investigado ou por sua empresa e teria, sem cautelas, impactos negativos para terceiros, como demais empregados e para aqueles dependentes ou beneficiados pelas obras públicas em andamento".
Moro também citou "o poderio econômico das empreiteiras" como razão para negar liberdade ao executivo Sergio Mendes: "(...)O poderio econômico das empreiteiras, inclusive com filiais e amplos recursos econômicos no exterior, oportuniza aos investigados fácil refúgio alhures", destacou.
"No caso de Sérgio Cunha Mendes, chama também a atenção o fato do bloqueio de ativos em contas bancárias ordenado por este juízo ter alcançado resultado bastante modesto (cerca de R$ 700.407,06 apenas), pelo menos considerando o esperado por sua condição econômica e pela circunstância, notificada pela imprensa, de ter vindo à Curitiba em avião a jato particular para se apresentar", justificou Moro.
O magistrado alertou ainda para "consequências da prática crimes no âmbito de seus negócios com a Administração Pública": "A prisão cautelar do investigado, até o momento identificado como o principal responsável na Mendes Júnior pela prática dos crimes, se impõe para prevenir a continuidade do ciclo delituoso, alertando não só a ele, mas também à empresa das consequências da prática crimes no âmbito de seus negócios com a Administração Pública".
Mendes é um dos 11 executivos de empreiteiras presos durante a 7ª fase da operação Lava-Jato, deflagrada no dia 14 de novembro.
O juiz titular dos processos da Lava-Jato também prorrogou os prazos para conclusão dos inquéritos policiais que investigam eventuais crimes cometidos pelos responsáveis do Consórcio CNCC - Camargo Corrêa - CNEC, OAS S.A, Engevix Engenharia, Constran S.A - Construções e Comércio, Mendes Júnior e Galvão Engenharia S.A. Segundo Moro, "afigura-se salutar conceder mais tempo à Polícia Federal para a melhor análise do material apreendido [nas ações de busca e apreensão]".
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