Puxado por energia elétrica, custo de vida sobe em SP
O Custo de Vida por Classe Social (CVCS) subiu 1,55% em março, conforme pesquisa mensal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A taxa supera a alta de 1,26% de fevereiro e representa a maior aceleração mensal de preços da série histórica, iniciada em dezembro de 2010.
No acumulado dos três primeiros meses do ano, o indicador chega a 4,07% de alta. Em 12 meses, o acumulado é de 7,63% - cerca de 1,2 ponto percentual acima do acumulado em 12 meses em março do ano passado.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a alta do custo de vida na região metropolitana de São Paulo já era prevista, mas foi além do esperado sazonalmente para o início do ano, consequência do avanço rápido dos preços de serviços e do custo da energia elétrica. A energia foi responsável por mais da metade da inflação de março. Também contribuíram para a alta os aumentos de alimentos e combustíveis - cuja variação foi afetada pelo elevação de alíquota do PIS/Cofins, em vigor desde 1º de fevereiro -, o que diminui o poder de compra, especialmente dos consumidores de menor renda.
Habitação foi responsável por praticamente 60% do aumento geral do índice, encerrando o mês com alta de 5,41%. A segunda maior influência foi o grupo Alimentação e bebidas. O item subiu 0,94%, representando 13,6% do resultado geral - seguido pelo segmento Transportes, com elevação de 0,85%, representando 11,7% da alta do custo de vida em março. Dos nove grupos que compõem o índice, apenas Comunicação apresentou queda nos preços (-1,29%).
A camada social que mais sentiu o aumento do custo de vida foi o composto pelas classes E (1,7%) e D (1,69%), devido aos aumentos nos itens habitação, alimentação e transporte. A alta do custo de vida foi de 1,23% para a classe A, de 1,49% para a B e de 1,56% para a C.
De acordo com a Fecomercio SP, o Índice de Preços do Varejo (IPV), indicador que compõe a CVCS e mede a variação no preço dos produtos, avançou 1% em março e já sinaliza o início da desaceleração de preços. Em 12 meses o IPV acumula 5,14%, contra 2,71% no primeiro trimestre deste ano. A alta foi puxada pelo setor de transportes, com 1,08% de aumento, seguido de alimentação (0,97%).
Já o Índice de Preços de Serviços (IPS), que também constitui a pesquisa, subiu 2,14% em março, o maior desde dezembro de 2010, puxado pela alta da energia residencial.
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