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Inflação da baixa renda cede em agosto

Reinaldo Canato/UOL
Imagem: Reinaldo Canato/UOL

03/09/2015 09h33

A inflação percebida pelas famílias de menor renda cedeu em agosto por causa da queda dos preços de alguns alimentos e por uma desaceleração dos gastos com habitação. Por sua vez, a queda nesses gastos foi puxada pela conta de luz, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta quinta-feira (3).

O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias que recebem até 2,5 salários mínimos por mês, subiu 0,06% em agosto, após ter registrado alta de 0,68% em julho. Apesar disso, o acumulado em 12 meses avançou, de 10,34% para 10,37% entre julho e agosto. No ano, a alta é de 8,01%.

No mês passado, a inflação da baixa renda foi menor que a inflação geral, medida pelo IPC-BR, que subiu 0,22%. Em 12 meses, porém, ainda está bem acima do IPC-BR, que sobe 9,73%.

Metade dos grupos de despesa teve inflação menor

A FGV informa que quatro das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 tiveram taxas mais baixas.

O grupo alimentação saiu de alta de 0,94% para queda de 0,36%, graças às hortaliças e legumes (1,84% para -10,76%). Habitação cedeu de 1,18% para 0,18%, puxada pela tarifa de eletricidade residencial (3,80% para -0,83%). Vestuário aprofundou a deflação (de -0,21% para -0,26%), influenciado especialmente por roupas masculinas (0,80% para -0,53%). As despesas diversas desaceleraram (0,16% para 0,12%), sob efeito dos alimentos para animais domésticos (0,56% para -0,05%).

Na outra ponta, os gastos com transportes subiram (0,13% para 0,42%), assim como aqueles com saúde e cuidados pessoais (0,42% para 0,59%), educação, leitura e recreação (0,03% para 0,34%) e comunicação (0,08% para 0,10%). As principais influências, respectivamente, foram tarifa de ônibus urbano (0,05% para 0,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,55% para 1,22%), passagem aérea (-15,92% para 9,55%) e mensalidade para TV por assinatura (0,79% para 1,75%).

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