FGV: Inflação prevista pelos consumidores para 12 meses segue em 10%
A inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes ficou estável em 10% em setembro, de acordo com sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado interrompe uma sequência de sete altas consecutivas em 2015 e mantém o indicador no nível recorde da série iniciada em setembro de 2005.
Em setembro do ano passado, a expectativa do brasileiro era de que a inflação subisse 7,3% nos 12 meses seguintes. Na terça-feira (22), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA-15, prévia da inflação oficial, acumulou alta de 9,57% em 12 meses.
A sondagem da FGV mostra que os consumidores estão mais pessimistas sobre a inflação futura que os analistas de mercado. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira, a mediana das previsões desses analistas é de um IPCA acumulado de 5,82% nos próximos 12 meses.
"Se, por um lado, a estabilidade das expectativas pode gerar certo alívio aos formuladores de política macroeconômica, por outro, continua preocupando, uma vez que se estabilizou em um patamar bastante alto. A pesquisa também mostra que a elevada expectativa de inflação é generalizada entre as faixas de renda, o que implica maiores dificuldades para o controle da inflação", afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/Ibre.
As previsões de 10% nos 12 meses seguintes mantiveram-se, pelo terceiro mês consecutivo, como as mais citadas, por 26,7% dos consumidores, ante 27,1% em agosto. Valores mais altos apresentaram uma queda moderada como, por exemplo, previsões de inflação em 12%, que registraram 11,6% das citações, recuo de 0,3 ponto percentual ante o mês anterior.
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