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Serviços lideram demissões em agosto nas regiões metropolitanas

24/09/2015 11h23

O setor de serviços liderou as demissões em agosto nas seis regiões metropolitanas sondadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).

Houve queda de 80 mil empregados no segmento denominado "outros serviços", mais 36 mil em educação, saúde e administração pública, 10 mil nos serviços prestados às empresas e a mesma quantidade no serviço doméstico, na comparação com julho.

No total, o saldo negativo do setor foi de 136 mil vagas. A indústria demitiu 24 mil pessoas nessas regiões.

Os setores de construção, com 57 mil empregados, e comércio, com 67 mil, foram os únicos a aumentar o número de ocupados ante julho.

Na comparação com agosto do ano passado, os serviços também lideram, com 250 mil pessoas a menos nos segmentos de serviços prestados às empresas (-101 mil) e outros serviços (-149 mil). A indústria também teve queda expressiva, de 197 mil empregos, e a construção, de 120 mil.

Os setores a contratar foram comércio (59 mil), educação, saúde e administração pública (43 mil) e serviços domésticos (63 mil) em agosto ante o mesmo período em 2014.

Na média das seis regiões, a taxa de desemprego subiu para 7,6% da população economicamente ativa (PEA) em agosto. A população desempregada atingiu 1,9 milhão de pessoas e os que estão ocupados foram estimados em 22,7 milhões para o conjunto.

Faixas etárias

Embora a taxa de desemprego seja maior entre jovens de 18 a 24 anos, o IBGE demonstrou maior preocupação com a aceleração da desocupação no grupo entre 25 e 49 anos.

Em agosto do ano passado, o grupo entre 25 e 49 anos representava 48,5% de todos os desempregados no país. Essa proporção subiu em 2015 para 52,8% –ou seja, mais da metade dos cerca de 1,9 milhão de desocupados apurados na pesquisa.

Por outro lado, o percentual entre jovens caiu de 34,1% para 30,6% em um ano.

"A população adulta é a que mais sente o desemprego", afirmou o gerente da coordenação de emprego, Cimar Azeredo. "Isso preocupa porque essa população pode ser arrimo de família, quem sustenta a casa", completou.

A taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos subiu de 12,9% para 18%, entre agosto do ano passado e o mesmo mês de 2015. Já entre os adultos de 25 a 49 anos passou de 4% para 6,6%, no mesmo período.