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Produção industrial tem pior novembro desde 2008

07/01/2016 11h30


(Atualizada às 10h58) A produção industrial caiu 2,4% em novembro de 2015, na comparação com o mês anterior, quando teve baixa de 0,6% (dado revisado), de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o pior resultado para o setor desde dezembro de 2013, quando recuou 2,8%. Considerando apenas o mês de novembro, é a maior baixa desde 2008, quando a queda foi de 4,4%. O desempenho do penúltimo mês de 2015 ficou bem abaixo da média prevista por 17 analistas consultados pelo Valor Data, de declínio de 0,8%.

O resultado de novembro representou ainda a sexta baixa consecutiva, marcando a pior sequência de queda da produção desde o início da série histórica do setor, em 2002. Na comparação com novembro de 2014, a produção industrial brasileira caiu 12,4%, a queda mais expressiva desde 2003. Esperava-se recuo de 10%. No acumulado do ano até novembro de 2015, houve redução de 8,1%; em 12 meses, retração de 7,7%.

Entre outubro e novembro, tiveram impacto na indústria a greve dos petroleiros, que, além de atingir a extração, afetou ainda o refino do petróleo, e, principalmente, o rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana. No período, a indústria extrativa recuou 10,9% - esse segmento representa cerca de 11% de toda a indústria nacional.


Conforme o levantamento do IBGE, o confronto mensal teve queda de 1,6% na produção de bens de capital, já com ajustes sazonais. A produção de bens intermediários recuou 3,8%, enquanto a de bens de consumo duráveis diminuiu 3,2% e a de bens de consumo semi e não duráveis aumentou 0,4%.

Em relação a novembro de 2014, a produção de bens de capital despencou 31,2% e a de bens intermediários caiu 10,8%. Já a produção de bens de consumo duráveis encolheu 29,1% e a de bens de consumo semi e não duráveis cedeu 4,8%.

Nos 12 meses encerrados em novembro, os bens de capital tiveram baixa de 24,1%, os bens intermediários recuaram 4,6%, os bens de consumo duráveis cederam 17,6% e os bens de consumo semi e não duráveis caíram 6,4%.
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