Juros futuros recuam, reflexo de correções após alta registrada ontem
As taxas dos contratos futuros de juros recuaram na BM&F nesta terça-feira com os investidores devolvendo parte da alta verificada ontem, quando o mercado ampliou a aposta em um aumento de 0,5 ponto percentual da taxa Selic na próxima do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para 19 e 20 de janeiro.
O DI para janeiro de 2017 caiu de 15,55% para 15,53%, enquanto o DI para janeiro de 2018 recuou de 16,2% para 16,16%. O DI para janeiro de 2021 passou de 16,35% para 16,34%.
Investidores questionam a disposição e o espaço para o BC promover um ajuste muito agressivo da política monetária, avaliando que o problema da inflação hoje não é de demanda, mas da falta de perspectiva de correção da política fiscal.
Notícias publicadas hoje afirmam que o Planalto ainda não bateu o martelo sobre se o aumento de juros é a melhor solução para a economia neste momento, dada a perspectiva de retração do PIB, o que contribuiu para os investidores devolverem parte dos prêmios na curva de juros.
Para o estrategista da Icap Brasil, Juliano Ferreira, a queda das taxas dos DIs hoje reflete apenas um ajuste técnico, com o dólar também operando em queda frente ao real, e destaca que a curva de juros ainda reflete a maior probabilidade de um aumento de 0,5 ponto percentual da taxa Selic na próxima reunião do Copom.
Ontem, a curva de juros elevou a 85% a probabilidade de alta de 0,50 ponto da Selic neste mês, mas com a queda de hoje essa precificação volta a ficar abaixo de 80%. O aperto monetário contratado para todo o ano de 2016 segue em torno de 2 pontos percentuais, com chances na curva de três altas de 0,50 ponto e de duas de 0,25 ponto.
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