Juros futuros sobem com aversão a risco e cenário fiscal preocupante
Os juros futuros avançaram nesta quinta-feira na BM&F, refletindo a maior aversão a risco no exterior e a preocupação com a piora do quadro fiscal no mercado local.
O DI para janeiro de 2017 subiu de 15,47% para 15,51% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 avançou de 16,14% para 16,26%. O DI para janeiro de 2021 fechou a 16,45% ante 16,29% do ajuste anterior.
A preocupação com a piora do quadro fiscal e a maior aversão a risco no exterior, que levou à alta dos rendimentos dos Treasuries, sustentaram o avanço dos DIs com prazos mais longos. "Assim como o cenário externo contribuiu para a queda das taxas de juros nos últimos dias, hoje a aversão a risco no exterior foi o principal ?drive' para a alta dos DIs", afirma Rogério Braga, sócio e gestor da Quantitas.
Notícias publicadas pelos jornais nesta quinta de que o governo estaria estudando a criação de linhas de capital de giro por meio de bancos públicos para impulsionar setores específicos geraram dúvidas sobre o avanço do ajuste fiscal e contribuíram para a alta das taxas na parte longa da curva de juros.
Já na parte mais curta, os investidores consolidaram a aposta no aumento de 0,5 ponto da taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem.
O Tesouro nacional vendeu 3,5 milhões de Notas do Tesouro nacional - série F (NTN-F) e mais 4,5 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) em leilão realizado hoje, cuja operação somou R$ 5,896 bilhões.
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