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GM chega a acordo em São Caetano, mas greve continua em São José

20/01/2016 15h20


Na falta de um acordo sobre o valor da segunda parcela da participação nos lucros e resultados (PLR), a greve na fábrica da General Motors (GM) em São José dos Campos, no interior de São Paulo, chegou nesta quarta-feira ao terceiro dia.

A montadora subiu de R$ 4,25 mil para R$ 5 mil a proposta de pagamento da parcela suplementar da participação nos resultados do ano passado, mas os metalúrgicos seguem reivindicando um valor maior, de R$ 6,4 mil. A empresa e o sindicato dos metalúrgicos da região, onde a GM produz a picape S10 e o utilitário esportivo TrailBlazer, ainda não têm uma nova reunião marcada para discutir o tema.

Em nota, a montadora diz lamentar a rejeição de suas propostas e a paralisação do complexo industrial. No texto, a multinacional, que em agosto suspendeu as demissões de quase 800 operários, voltou a indicar que poderá adotar novas medidas para reduzir custos trabalhistas na fábrica.

"A GM reforça sua disposição de um diálogo construtivo para encontrarmos alternativas de nos manter competitivos nesse contexto de grande transformação no mercado brasileiro e assim evitarmos a adoção de outras medidas de corte de custos que podem causar maiores prejuízos aos empregados", afirma a companhia.

Já na fábrica de São Caetano do Sul (SP), onde o sindicato local também ameaçava deflagrar uma greve, os trabalhadores da GM chegaram hoje a um acordo sobre a segunda parcela da PLR, após a montadora subir sua proposta de R$ 3,5 mil para R$ 4,25 mil - o mesmo valor oferecido inicialmente em São José dos Campos. O pagamento será feito na sexta-feira.

"Este não é o momento oportuno para greve. A fábrica está com 80 dias de estoque, se entrarmos em greve só irá nos prejudicar e ser benéfico para a empresa", afirmou, em nota, o presidente do sindicato de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, conhecido como Cidão.