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Confiança da Construção atinge em janeiro menor nível histórico

26/01/2016 08h56


O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, recuou 0,7 ponto em janeiro, ante dezembro, para 67,6 pontos, o menor nível da série histórica da pesquisa, iniciada em julho de 2010.

Na média móvel trimestral, o indicador recuou 0,1 ponto. Quando comparado a janeiro de 2015, o índice recuou 17,6 pontos.

A queda do índice de confiança foi provocada pela piora na percepção dos empresários quanto ao momento atual, causada pela redução das carteiras de contratos. Por outro lado, houve uma leve melhora nas expectativas.

"Em janeiro, a sondagem mostrou que houve redução forte na carteira de contratos das empresas, refletindo o cenário de atividade deprimida. Com isso, a intenção de contratar nos próximos meses voltou a registrar queda. Os números recém divulgados do Caged apontam o setor da construção como o segundo que mais demitiu no ano passado. A sondagem de janeiro sinaliza que o mercado de trabalho formal do setor deverá continuar encolhendo nos primeiros meses de 2016", disse Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, em nota.

A deterioração da confiança em janeiro foi provocada pela piora na percepção das empresas sobre o estado corrente dos negócios. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) caiu 2,6 pontos, alcançando 65,4 pontos. O indicador que capta informações sobre a carteira de contratos no momento caiu 5,1 pontos em relação a dezembro, para 63,5 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 1,2 ponto, para 70,7 pontos. O indicador que mede a perspectiva de demanda pelos serviços da empresa para os próximos três meses foi o que apresentou maior contribuição para essa alta, com crescimento de 3,1 pontos este mês, para 72,2 pontos. Esta elevação não compensou a queda em dezembro (-1,9 ponto), mas merece destaque por ter sido impulsionada pelas expectativas de empresas atuantes no segmento de infraestrutura, segundo a FGV.