Índice de Confiança do Consumidor avança em janeiro
A confiança do consumidor cresceu em janeiro, período em que diminuiu o pessimismo com a situação atual e melhorou a expectativa com relação aos próximos meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,5 pontos, para 67,9 pontos e, com esse resultado, o índice de médias móveis trimestrais também cresceu, em 0,3 ponto, pela primeira vez desde outubro de 2014. Na comparação com janeiro de 2015, o indicador caiu 13,2 pontos, um recuo menor, contudo, que o de dezembro nesse tipo de confronto, de 21,3 pontos.
"A boa notícia é que a confiança do consumidor parou de cair em setembro passado e vem ensaiando alguma melhora, embora com oscilações e na dependência de um quadro político e econômico instável", afirmou, em nota, Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV. Viviane ponderou, contudo, que ainda é cedo para se falar em reversão consistente de tendência.
Aumentou o grau de satisfação com o presente e diminuiu o pessimismo em relação ao futuro próximo. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,1 ponto, após recuar por oito meses seguidos e atingir o mínimo da série histórica no mês anterior (66,4 pontos). O Índice de Expectativas (IE) avançou 3,4 pontos, atingindo 70 pontos, o maior nível desde agosto passado.
Cerca de 96% da alta do ICC em janeiro foi determinada pelo avanço dos indicadores que medem o grau de satisfação dos consumidores com a situação financeira da família e o ímpeto de compras de bens duráveis, exatamente os mesmos que mais influenciaram negativamente na evolução do índice em dezembro.
O indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira da família no momento subiu 3,4 pontos, de 60,7 para 64,1 pontos, após oito meses de quedas consecutivas e atingir menor nível da série em dezembro. Com relação às perspectivas futuras, o indicador que mede o ímpeto de compras avançou 7,7 pontos, compensando a queda nos dois últimos meses, de 6,8 pontos.
Na análise por classes de renda, houve aumento da confiança nas três faixas de renda mais elevadas. A confiança das famílias com renda mensal até R$ 2.100 ficou estável.
A sondagem de janeiro coletou informações de 2.090 domicílios entre os dias 4 e 22, em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre e Brasília.
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