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Dólar fecha quase estável em cenário que não espera alta do juro

28/01/2016 18h21


O dólar fechou em ligeira queda frente ao real, acompanhando o movimento no exterior. O recuo da moeda americana no mercado local, contudo, foi limitado pela expectativa de que o Banco Central não deve aumentar a taxa de juros neste ano, reforçada pela ata do Copom, e pela divulgação do resultado fiscal mais fraco que o esperado do governo central.

O dólar comercial caiu 0,05%, encerrando a R$ 4,0787. Já o contrato futuro para fevereiro recuava 0,78% para R$ 4,079. O euro caía 0,39% para R$ 4,4650.

O pregão foi marcado pela alta volatilidade, com a moeda americana oscilando entre R$ 4,0351 e R$ 4,12.

O tom mais suave da ata do Copom reforçou a aposta no mercado de que o Banco Central deve manter a taxa Selic estável neste ano, com possibilidade de corte de juros dependendo da desaceleração da atividade.

Apesar da alta taxa de juros no Brasil, a manutenção da taxa Selic reduz a atratividade do real, uma vez que o aumento das incertezas no cenário doméstico tem levado os investidores a cobrar um prêmio de risco maior para aplicar no Brasil.

Hoje o dado do déficit primário do governo central contribuiu para aumentar as dúvidas sobre a capacidade do governo em entregar a meta de superávit primário de 0,5% do PIB prevista para este ano.

O governo central registrou déficit primário de R$ 114,985 bilhões em 2015, o equivalente a 1,94% do PIB. Somente em dezembro, o resultado foi negativo em R$ 60,727 bilhões. Os dados, tanto no mês como no acumulado do ano, foram os piores da série histórica desde 1997.

Esses elementos ajudaram a limitar o movimento de queda do dólar no mercado local. Lá fora, a divisa americana caiu frente às moedas emergentes diante da recuperação do preço do petróleo e da possibilidade de o Federal Reserve postergar novas altas de juros no curto prazo, reforçada por dados piores que o esperado nos Estados Unidos.

A moeda americana recuava 0,77% em relação ao dólar australiano, 1,33% frente ao rand sul-africano e 0,64% diante do peso mexicano.