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Bovespa sobe 4% com estímulo japonês e ameniza perdas de janeiro

29/01/2016 18h46


A bolsa brasileira registrou sua primeira semana de alta em 2015, de carona na recuperação do petróleo e das bolsas internacionais, após notícias de estímulo econômico por parte do banco central japonês. O Banco do Japão (BoJ) juntou-se a outros grandes bancos centrais (Suécia, Suíça, Dinamarca e BCE) e definiu uma taxa de juro negativa de 0,1% sobre os depósitos que as instituições financeiras detêm no banco.

Além disso, o PIB dos Estados Unidos cresceu apenas 0,7% no quarto trimestre de 2015, abaixo da previsão de 0,8% dos economistas, o que alimentou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) possa adiar seus planos de elevar juros no país.

Operadores também relataram um grande volume de operações para zeragem de operações vendidas - que apostavam na queda das ações - o que naturalmente puxa os papéis para cima. "Sem dúvida houve um movimento de realização de lucro nas operações ?short' (vendidas)", afirmou uma fonte de uma corretora nacional.

O Ibovespa fechou na máxima do dia, de 40.406 pontos, em alta de 4,60%. Foi a maior valorização do índice desde 3 de novembro de 2015, quando a bolsa subiu 4,76%. Desta forma, a bolsa brasileira acumulou alta de 6,24% na semana e reduziu a perda em janeiro para 6,79%.

Entre as principais ações do Ibovespa, Petrobras ON (6,28%) puxou os ganhos, seguida do papel PN (5,21%), Brasil Foods ON (4,50%), Itaú PN (4,65%), Bradesco PN (4,31%) e Ambev ON (4,30%).

A Petrobras anunciou hoje uma redução de 20% em suas reservas provadas em 2015, para 13,279 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). O principal motivo para o corte foi o preço do petróleo considerado para o cálculo de viabilidade econômica das reservas.

No topo do índice terminaram JBS ON (15,50%), Cemig PN (10,67%) e Estácio ON (10,05%). Na outra ponta apareceram apenas duas ações no vermelho: Usiminas PNA (-1,16%) e BM&FBovespa ON (-1,06%). A S&P cortou o rating da Usiminas em dois degraus, de "B+" para "CCC+" e manteve a perspectiva negativa para a nota. A agência de classificação de risco cita o fraco resultado da siderúrgica no segundo semestre e o elevado endividamento. A S&P não espera que o mercado de aço melhore neste ano, o que vai pressionar ainda mais o caixa da Usiminas.