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Bovespa vira no fim do pregão e crava quarta alta consecutiva

01/02/2016 18h46


A bolsa brasileira esboçou uma correção da forte alta registrada na sexta-feira, mas o movimento de baixa perdeu força no fim da tarde, com a Bovespa acompanhando a melhora das bolsas americanas e encerrando o pregão na máxima do dia. As ações de bancos foram as principais responsáveis pela virada do mercado no fechamento.

Por aqui, os investidores aguardam a retomada dos trabalhos do Congresso e do Judiciário nos próximos dias. Os últimos desdobramentos da Operação Lava-Jato, com as investigações se aproximando cada vez mais do ex-presidente Lula, também renderam assunto nas mesas de operações.

O Ibovespa fechou em alta pelo quarto pregão seguido, de 0,41%, e na máxima do dia, de 40.570 pontos, mesmo depois de subir 4,60% na sexta-feira. O volume financeiro somou R$ 5,751 bilhões. No mercado de petróleo, os preços passaram por forte ajuste. O barril do WTI recuou 6,0%, para US$ 31,62. Investidores colocaram em dúvida a possibilidade de os países produtores promoverem um corte de até 5% na oferta, como se chegou a cogitar na semana passada.

Entre as principais ações do Ibovespa, Petrobras PN (-2,47%) sentiu o recuo do petróleo, seguida por Ambev ON (-0,75%). Já Itaú PN (2,16%) e Bradesco PN (2,58%) registraram forte recuperação nos minutos finais do pregão, seguindo a melhora externa. Como as duas ações representam quase um quinto do peso do Ibovespa, operadores lembram que grandes investidores costumam atuar sobre esses papéis sempre que desejam levar o índice para uma determinada direção.

No topo do índice ficaram Usiminas PNA (12,94%), Cemig PN (12,52%) e Gerdau Metalúrgica PN (11,65%). Usiminas se recuperou das perdas da semana passada, depois que a companhia negou que esteja estudando pedir recuperação judicial ou convocar os sócios para realizar uma injeção de capital. Já os papéis da Cemig deram continuidade ao rali iniciado semana passada, após o governo reduzir as chamadas bandeiras tarifárias das contas de luz.

Hypermarcas ON (5,59%) também foi destaque de alta, após o anúncio da venda da unidade de preservativos para a Reckitt Benckiser, por R$ 675 milhões.

Na ponta oposta ficaram Suzano PNA (-6,70%), Fibria ON (-5,12%) e Petrobras ON (-5,05%). As empresas exportadoras sentiram o recuo do dólar, que hoje opera abaixo da casa dos R$ 4.

Fora do Ibovespa, Gol PN (50,32%) disparou pelo segundo pregão seguido. Os papéis reagem à informação do Valor, de que o governo estuda a possibilidade de autorizar grupos estrangeiros a controlar até 100% do capital de empresas aéreas no Brasil.