Dólar sobe e descola do mercado externo diante de incertezas locais
O dólar comercial fechou em alta frente ao real pelo quinto pregão consecutivo. O mercado local descolou do movimento no exterior, em dia de liquidez reduzida por conta do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos.
Depois de operar perto da estabilidade na maior parte do pregão, o dólar comercial subiu 0,13%, fechando a R$ 3,9967. Já o contrato futuro para março recuava 0,07% para R$ 4,018.
A volta relativamente tranquila dos mercados chineses, a valorização do yuan e a continuidade do movimento de alta do petróleo contribuíram para reduzir a aversão a risco no exterior e sustentaram a queda do dólar frente às principais moedas emergentes.
A moeda americana recuava 0,53% em relação ao dólar australiano, 1,07% diante do rand sul-africano e 0,38% frente ao peso mexicano.
A moeda chinesa subiu 1,14% em relação ao dólar, a maior valorização em um único dia desde 2005, após o banco central chinês ter descartado futuras desvalorizações do yuan no curto prazo.
Em entrevista publicada no último fim de semana na revista chinesa Caixin, o presidente do Banco do Povo da China (Pboc, Banco Central), Zhou Xiaochuan, afirmou que não há razões para desvalorizar o yuan e que o governo chinês não tem a intenção de impor controle de capital no país.
A notícia trouxe um alívio para os mercados, que juntamente com a perspectiva da adoção de mais estímulos monetários na Europa, contribuiu para o aumento do apetite por ativos de risco. Hoje o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que está pronto para afrouxar a política monetária em março se a turbulência no mercado financeiro ou o efeito de contágio dos preços baixos de energia reduzirem as expectativas de inflação.
O real, contudo, ficou para trás, pressionado por questões domésticas.
A volta efetiva das atividades no Congresso Nacional pode ser argumento para volatilidade nos mercados domésticos. No Conselho de Ética, será retomado o processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A análise das contas da presidente Dilma também pode ter algum avanço na Comissão Mista do Orçamento (CMO).
Além disso, a estratégia do governo para retomar o crescimento da economia, com a expansão do crédito via bancos públicos, aumenta a preocupação com o quadro fiscal e limita a recuperação do real frente ao dólar.
O Banco Central seguiu com a rolagem do lote de US$ 10,118 bilhões em swaps cambiais que vence em março e renovou hoje mais 11.900 contratos.
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