Dólar fecha em alta com tensão externa e queda do petróleo
O dólar fechou em alta frente ao real diante do ambiente externo de menor apetite por ativos de risco, sustentado pelo recuo do preço do petróleo.
O dólar comercial subiu 0,27%, encerrando a R$ 3,9602. Já o contratos futuro para março avançava 0,44% para R$ 3,97.
O mercado de câmbio local acompanhou o movimento de valorização do dólar frente às principais moedas emergentes, sustentado pela queda do preço do petróleo, que afetou principalmente as divisas atreladas a commodities.
A moeda americana subia 0,17% em relação ao dólar australiano, 0,30% diante do rand sul-africano e 0,72% frente ao peso mexicano.
O preço do petróleo voltou a fechar em queda nesta terça-feira, diante da preocupação com o excesso de oferta após notícias de que o ministro do petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, teria classificado de "ridículo" o acordo para congelamento de produção fechado entre a Arábia Saudita e a Rússia na semana passada.
Mais tarde, o ministro saudita Ali al-Niami afirmou que não se deve contar com cortes na produção em um cenário marcado por "menos confiança que o normal", o que contribuiu para acentuar a queda da commodity.
De toda forma, o mercado evita reforçar as compras de dólares ainda de olho no noticiário político, mantendo fichas na ideia de que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pode entrar em nova fase com os desdobramentos da Operação Lava-Jato.
Conforme matéria publicada hoje no Valor, o Palácio do Planalto recebeu com perplexidade a notícia do decreto da prisão temporária do marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais petistas de 2006, 2010 e 2014. O Valor apurou que os desdobramentos da Lava-Jato serão mais um elemento de pressão para o processo de cassação da chapa Dilma/Michel Temer que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao chegarem ao Brasil nesta manhã voltando da República Dominicana, Santana e sua esposa foram presos e transferidos para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Além disso, um relatório da Polícia Federal informou que os investigadores da Lava-Jato apuram "possível envolvimento" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em práticas criminosas, em mais um elemento de preocupação para o governo.
O cenário de incerteza no campo político e fiscal tem impactado o fluxo de capitais para o Brasil.
O fluxo cambial está negativo em US$ 1,162 bilhão em fevereiro, até o dia 19, resultado de uma saída líquida de US$ 2,673 bilhões da conta financeira e saldo positivo de US$ 1,511 bilhão na conta comercial. No ano, o saldo cambial está positivo em US$ 313 milhões.
Com isso, a posição vendida dos bancos em dólar no mercado à vista subiu de US$ 18,783 bilhões em janeiro para US$ 19,615 bilhões em fevereiro.
O Banco Central seguiu com a rolagem do lote de US$ 10,118 bilhões em swaps cambiais e renovou hoje mais 11.900 contratos.
O dólar comercial subiu 0,27%, encerrando a R$ 3,9602. Já o contratos futuro para março avançava 0,44% para R$ 3,97.
O mercado de câmbio local acompanhou o movimento de valorização do dólar frente às principais moedas emergentes, sustentado pela queda do preço do petróleo, que afetou principalmente as divisas atreladas a commodities.
A moeda americana subia 0,17% em relação ao dólar australiano, 0,30% diante do rand sul-africano e 0,72% frente ao peso mexicano.
O preço do petróleo voltou a fechar em queda nesta terça-feira, diante da preocupação com o excesso de oferta após notícias de que o ministro do petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, teria classificado de "ridículo" o acordo para congelamento de produção fechado entre a Arábia Saudita e a Rússia na semana passada.
Mais tarde, o ministro saudita Ali al-Niami afirmou que não se deve contar com cortes na produção em um cenário marcado por "menos confiança que o normal", o que contribuiu para acentuar a queda da commodity.
De toda forma, o mercado evita reforçar as compras de dólares ainda de olho no noticiário político, mantendo fichas na ideia de que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pode entrar em nova fase com os desdobramentos da Operação Lava-Jato.
Conforme matéria publicada hoje no Valor, o Palácio do Planalto recebeu com perplexidade a notícia do decreto da prisão temporária do marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais petistas de 2006, 2010 e 2014. O Valor apurou que os desdobramentos da Lava-Jato serão mais um elemento de pressão para o processo de cassação da chapa Dilma/Michel Temer que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao chegarem ao Brasil nesta manhã voltando da República Dominicana, Santana e sua esposa foram presos e transferidos para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Além disso, um relatório da Polícia Federal informou que os investigadores da Lava-Jato apuram "possível envolvimento" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em práticas criminosas, em mais um elemento de preocupação para o governo.
O cenário de incerteza no campo político e fiscal tem impactado o fluxo de capitais para o Brasil.
O fluxo cambial está negativo em US$ 1,162 bilhão em fevereiro, até o dia 19, resultado de uma saída líquida de US$ 2,673 bilhões da conta financeira e saldo positivo de US$ 1,511 bilhão na conta comercial. No ano, o saldo cambial está positivo em US$ 313 milhões.
Com isso, a posição vendida dos bancos em dólar no mercado à vista subiu de US$ 18,783 bilhões em janeiro para US$ 19,615 bilhões em fevereiro.
O Banco Central seguiu com a rolagem do lote de US$ 10,118 bilhões em swaps cambiais e renovou hoje mais 11.900 contratos.
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