Sobe o número dos que citam o desemprego como causa da inadimplência
Aumentou a proporção de pessoas que citam o desemprego como a principal causa da inadimplência, de acordo com pesquisa trimestral da Boa Vista SCPC. No levantamento realizado em março, 41% citaram a falta de trabalho como a responsável pela incapacidade financeira de quitar seus débitos. No mesmo período do ano passado, essa fatia era de 35%.
No dado mais atualizado em nível nacional, o desemprego aumentou para 9,5% em janeiro, de 6,8% no mesmo período em 2016, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A falta de trabalho como causa da inadimplência é evidenciada por outros itens da pesquisa. Por exemplo, 66% dos inadimplentes tinham trabalho formal, ante 75% no ano passado. O percentual de autônomos entre os inadimplentes cresceu de 20% para 27%.
A queda da renda é o segundo principal motivo para a não quitação das contas. Ela foi citada por 18% dos entrevistados, ante 11% em março de 2015. As pesquisas de emprego do IBGE têm mostrado que muitos dos desempregados passaram a trabalhar no mercado informal, onde a renda é menor. O levantamento foi realizado em todo o país, no período de 22 de fevereiro a 3 de março, com 1.019 consumidores inadimplentes respondentes.
Ainda segundo a pesquisa, o desemprego tem afetado a inadimplência principalmente para as famílias que ganham até três e entre três a dez salários mínimos, com 49% e 34% das menções, respectivamente. No ano passado, esses percentuais eram de 41% e 30%, nesta ordem.
Outros dados da pesquisa mostram que, apesar da inadimplência, os consumidores têm tentado controlar o orçamento. Um exemplo é que para 49% o atraso de apenas uma conta causou a restrição. No ano passado, essa proporção era menor de 40%. A pesquisa também mostra que 17% possuem quatro contas ou mais em atraso, contra 23% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. A proporção de inadimplentes que não se considera capaz de quitar o débito se manteve em 10%.
O comprometimento de renda também caiu. No ano passado, 38% informaram que o endividamento comprometia entre 25% e 50% da renda. Agora, são 33%. Caiu de 30% para 28% os que têm mais de 50% da renda comprometida por débitos. Já aqueles que têm uma parcela menor - até 25% - comprometida aumentou de 32% para 39%.
A pesquisa mostra que o otimismo dos consumidores apresentou queda de 4 pontos percentuais em comparação ao mesmo trimestre de 2015, passando de 80% para 76% das menções de que a relação recebimentos e gastos para os próximos meses estaria melhor. Para 24% deles, no próximo ano de 2017, esta relação estará igual ou pior à atual.
Ainda de acordo com o levantamento, a situação econômica está deixando o consumidor retraído: 74% dos entrevistados não pretendem fazer novas compras nos próximos meses, tão logo consigam quitar as dívidas que causaram a restrição.
Entre os que pretendem voltar às compras depois de saldados seus compromissos, a compra de um carro zero km continua a ser o "sonho de consumo", com 43% dos respondentes, três pontos percentuais acima em relação ao ano anterior. A compra de imóveis surge em segundo lugar, mesmo diminuindo a intenção de 23% para 18% das menções.
No dado mais atualizado em nível nacional, o desemprego aumentou para 9,5% em janeiro, de 6,8% no mesmo período em 2016, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A falta de trabalho como causa da inadimplência é evidenciada por outros itens da pesquisa. Por exemplo, 66% dos inadimplentes tinham trabalho formal, ante 75% no ano passado. O percentual de autônomos entre os inadimplentes cresceu de 20% para 27%.
A queda da renda é o segundo principal motivo para a não quitação das contas. Ela foi citada por 18% dos entrevistados, ante 11% em março de 2015. As pesquisas de emprego do IBGE têm mostrado que muitos dos desempregados passaram a trabalhar no mercado informal, onde a renda é menor. O levantamento foi realizado em todo o país, no período de 22 de fevereiro a 3 de março, com 1.019 consumidores inadimplentes respondentes.
Ainda segundo a pesquisa, o desemprego tem afetado a inadimplência principalmente para as famílias que ganham até três e entre três a dez salários mínimos, com 49% e 34% das menções, respectivamente. No ano passado, esses percentuais eram de 41% e 30%, nesta ordem.
Outros dados da pesquisa mostram que, apesar da inadimplência, os consumidores têm tentado controlar o orçamento. Um exemplo é que para 49% o atraso de apenas uma conta causou a restrição. No ano passado, essa proporção era menor de 40%. A pesquisa também mostra que 17% possuem quatro contas ou mais em atraso, contra 23% registrados no mesmo trimestre do ano anterior. A proporção de inadimplentes que não se considera capaz de quitar o débito se manteve em 10%.
O comprometimento de renda também caiu. No ano passado, 38% informaram que o endividamento comprometia entre 25% e 50% da renda. Agora, são 33%. Caiu de 30% para 28% os que têm mais de 50% da renda comprometida por débitos. Já aqueles que têm uma parcela menor - até 25% - comprometida aumentou de 32% para 39%.
A pesquisa mostra que o otimismo dos consumidores apresentou queda de 4 pontos percentuais em comparação ao mesmo trimestre de 2015, passando de 80% para 76% das menções de que a relação recebimentos e gastos para os próximos meses estaria melhor. Para 24% deles, no próximo ano de 2017, esta relação estará igual ou pior à atual.
Ainda de acordo com o levantamento, a situação econômica está deixando o consumidor retraído: 74% dos entrevistados não pretendem fazer novas compras nos próximos meses, tão logo consigam quitar as dívidas que causaram a restrição.
Entre os que pretendem voltar às compras depois de saldados seus compromissos, a compra de um carro zero km continua a ser o "sonho de consumo", com 43% dos respondentes, três pontos percentuais acima em relação ao ano anterior. A compra de imóveis surge em segundo lugar, mesmo diminuindo a intenção de 23% para 18% das menções.
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