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Inflação das famílias de baixa renda recua para 0,44% em março

05/04/2016 08h40

A inflação percebida pelas famílias de renda mais baixa, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), saiu de 0,73% em fevereiro para 0,44% em março, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda nas contas de luz e na despesas com alguns alimentos permitiram essa descompressão. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,10% no ano e de 9,99% nos últimos 12 meses.

Em março, a inflação das famílias com renda até 2,5 salários mínimos mensais ficou abaixo da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que registrou 0,50%. Em 12 meses, porém, o IPC-BR subiu menos, 9,37%.

Metade das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 registraram taxas de variações mais baixas: Transportes (1,55% para 0,19%), Habitação (0,08% para -0,43%), Saúde e cuidados pessoais (0,58% para 0,36%) e Despesas diversas (1,84% para 0,97%). Nesses grupos, os destaques partiram dos itens tarifa de ônibus urbano (1,82% para 0,06%), tarifa de eletricidade residencial (-2,33% para -4,09%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,93% para 0,27%) e cigarros (3,02% para 1,27%), respectivamente.

Na outra ponta, apareceram os grupos Educação, leitura e recreação (0,38% para 0,42%), Vestuário (0,31% para 0,37%) e Comunicação (0,66% para 0,69%), cujas taxas mais altas foram influenciadas pelos itens conta de hotel (-1,97% para -0,21%), roupas (0,21% para 0,50%) e tarifa de telefone móvel (1,07% para 1,45%), nesta ordem.

Alimentação subiu de 1,01% para 1,21%, sentindo o impacto principalmente dos laticínios (0,85% para 2,89%). Outros produtos, contudo, como tomate (-7,73%), cebola (-5,16%), alcatra (-4,06%) e maracujá (-17,17%), ajudaram a desacelerar o IPC-C1 em março.