Em encontro com governo, movimentos sociais rejeitam antecipar eleição
Em recado à presidente Dilma Rousseff, lideranças de movimentos sociais afirmaram nesta sexta-feira aos ministros Jaques Wagner (Gabinete Pessoal) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) que não concordam com a proposta de antecipar as eleições presidenciais para este ano. No encontro, em São Paulo, representantes da Frente Brasil Popular, composta por 65 entidades do movimento sindical, popular e estudantil como CUT, UNE e MST, criticaram a medida como um "golpe". O MTST, no entanto, que compõe a Frente Povo Sem Medo e que também participou da reunião, é a principal entidade a favor da antecipação da disputa presidencial, diante da possibilidade do impeachment da presidente.
Coordenador-geral da Central dos Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim reclamou da proposta. "Comunicamos ao governo a nossa posição contrária a proposta de antecipar as eleições. E a nossa disposição de continuar lutando conta o impeachment, com mobilizações de ruas", disse Bonfim ao Valor PRO. Para a CMP, que integra a Frente Brasil Popular, a antecipação não tem base jurídica nem viabilidade política e não resolverá a crise política do país". "Se aprovada, legitima o golpe", afirma a entidade.
"Trata-se de uma proposta que desmobiliza, enfraquece os movimentos sociais e os setores democráticos que têm saído às ruas em defesa da democracia e contra o golpe. Não é hora de jogarmos a toalha. Continuaremos a impulsionar as mobilizações contra o golpe. Vamos lutar até o fim. Não vai ter golpe. Já tem luta", afirmou a central, por meio de nota.
Na reunião, além da proposta de encurtar o mandato de Dilma, os ministros acertaram o "pacote de bondades" que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar no 1 de maio, em evento no Anhangabau, na capital paulista. Entre as medidas previstas estão o aumento de contratações do Minha Casa, Minha Vida e o reajuste do Bolsa Família.
Os movimentos populares pedem também mudança na tabela da Imposto de Renda, o reajuste do Fies, o anúncio de mais desapropriações de terra, a redução da taxa de juros, a criação de mais uma faixa do seguro desemprego e medidas de proteção ao emprego. Os ministros, no entanto, não deram garantia de que todos esses pedidos serão contemplados.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participará do ato no vale do Anhangabau, ao lado de Dilma.
Para os movimentos sociais, o anúncio de Dilma deve ajudar a manter a militância nas ruas, em defesa do mandato da presidente, e poderão gerar um constrangimento ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), que se desgastaria politicamente para vetar o benefício, caso assuma a Presidência. Também se anteciparão a um eventual aceno de Temer à população mais carente, com o reajuste do Bolsa Família, por exemplo.
Coordenador-geral da Central dos Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim reclamou da proposta. "Comunicamos ao governo a nossa posição contrária a proposta de antecipar as eleições. E a nossa disposição de continuar lutando conta o impeachment, com mobilizações de ruas", disse Bonfim ao Valor PRO. Para a CMP, que integra a Frente Brasil Popular, a antecipação não tem base jurídica nem viabilidade política e não resolverá a crise política do país". "Se aprovada, legitima o golpe", afirma a entidade.
"Trata-se de uma proposta que desmobiliza, enfraquece os movimentos sociais e os setores democráticos que têm saído às ruas em defesa da democracia e contra o golpe. Não é hora de jogarmos a toalha. Continuaremos a impulsionar as mobilizações contra o golpe. Vamos lutar até o fim. Não vai ter golpe. Já tem luta", afirmou a central, por meio de nota.
Na reunião, além da proposta de encurtar o mandato de Dilma, os ministros acertaram o "pacote de bondades" que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar no 1 de maio, em evento no Anhangabau, na capital paulista. Entre as medidas previstas estão o aumento de contratações do Minha Casa, Minha Vida e o reajuste do Bolsa Família.
Os movimentos populares pedem também mudança na tabela da Imposto de Renda, o reajuste do Fies, o anúncio de mais desapropriações de terra, a redução da taxa de juros, a criação de mais uma faixa do seguro desemprego e medidas de proteção ao emprego. Os ministros, no entanto, não deram garantia de que todos esses pedidos serão contemplados.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participará do ato no vale do Anhangabau, ao lado de Dilma.
Para os movimentos sociais, o anúncio de Dilma deve ajudar a manter a militância nas ruas, em defesa do mandato da presidente, e poderão gerar um constrangimento ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), que se desgastaria politicamente para vetar o benefício, caso assuma a Presidência. Também se anteciparão a um eventual aceno de Temer à população mais carente, com o reajuste do Bolsa Família, por exemplo.
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