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Remédios mais caros puxam inflação da baixa renda em abril

05/05/2016 08h56

O reajuste de 12,5% nos medicamentos foi parcialmente repassado para os preços nas farmácias e contribuiu para elevar a inflação da cesta de produtos e serviços das famílias que recebem até 2,5 salários por mês, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,69% em abril, alta bem acima da registrada em março, de 0,44%. Em abril de 2015, o indicador havia avançado 0,74%. Com o resultado, o IPC-C1 acumula alta de 3,82% no ano e de 9,94% nos últimos 12 meses.

A inflação das famílias de renda mais baixa ficou acima da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que registrou variação de 0,49% em abril. No acumulado em 12 meses, o IPC-C1 também superou o IPC-BR, que subiu 9,24%.

O grupo saúde e cuidados pessoais puxou a inflação de abril, ao sair de 0,36% para 3,49%, por causa dos medicamentos, cuja alta passou de 0,13% em março para 7,02% no mês passado.

Mais três classes de despesa também registraram altas mais acentuadas: transportes (0,19% para 1,12%), vestuário (0,37% para 0,82%) e educação, leitura e recreação (0,42% para 0,52%), influenciadas por tarifa de ônibus urbano (0,06% para 1,31%), roupas (0,50% para 0,92%) e passagem aérea (-6% para 1,04%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos alimentação (1,21% para 0,62%), despesas diversas (0,97% para 0,29%), comunicação (0,69% para 0,04%) e habitação (-0,43% para -0,46%) registraram variações menores, por conta, respectivamente, de carnes bovinas (0,91% para -0,25%), cigarros (1,27% para 0,14%), tarifa de telefone residencial (0,34% para -0,38%) e aluguel residencial (0,67% para 0,36%).

O IPC-C1 é apurado em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre e Brasília.