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Dólar fecha em queda com sinalização de alta gradual de juros nos EUA

15/06/2016 17h56

O dólar fechou em queda frente ao real, acompanhando o movimento de desvalorização da moeda americana frente às divisas emergentes no exterior, com o comunicado da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) reforçando a possibilidade de um aumento mais gradual da taxa de juros nos Estados Unidos. A queda do dólar no mercado local, no entanto, foi limitada pela maior preocupação com o cenário político local.

Notícia sobre a delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que ele cita que o presidente interino Michel Temer negociou com ele o repasse de propina para a campanha de Gabriel Chalita, então candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo em 2012, reduziu o apetite por risco no mercado local e levou o dólar a sair da mínima de R$ 3,4463.

O dólar comercial fechou em queda de 0,39% a R$ 3,4661. Já o contrato futuro para julho recuava 0,31% para R$ 3,485.

O Fomc manteve a manteve a taxa básica americana estável entre 0,25% e 0,50% e não alterou a previsão de duas altas de juros neste ano. No entanto, o comunicado da reunião mostrou um crescimento no número de membros que veem apenas uma elevação da taxa básica neste ano. Essa sinalização reforçou a leitura de que o Federal Reserve poderá postergar uma nova alta de juros nos EUA e trouxe um fôlego adicional para as moedas emergentes, que já negociavam em alta frente ao dólar.

No mercado local, preocupações com o cenário político local limitaram a ampliação das apostas de venda da moeda americana frente ao real.

A leitura dos analistas é de que as notícias envolvendo denúncias do envolvimento de membros do governo na Operação Lava-jato aumentam o ruído nos mercados e isso só deve diminuir com a conclusão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para agosto.

A conclusão do impeachment é essencial avançar de forma efetiva com as reformas fiscais.

O presidente Temer encaminhou hoje para o Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê um limite para o aumento dos gastos do governo para os próximos 20 anos. O presidente do Congresso, Renan Calheiros, contudo, afirmou ontem que acha difícil a aprovação da medida antes da conclusão do processo de impeachment.