DIs longos têm maior alta em 2 meses com aumento de incerteza fiscal
As taxas futuras de juros negociadas na BM&F seguem em firme alta nesta quarta-feira, com o DI janeiro de 2021 registrando a maior alta de dois dias em dois meses, nas máximas desde o começo de julho. Os investidores seguem ajustando os preços ao aumento das incertezas fiscais, em meio à repercussão negativa do noticiário sobre a renegociação da dívida dos Estados com a União.
O mercado reage mal a sinais de que o governo tem encontrado mais dificuldades para negociar com o Congresso Nacional a aprovação de maior austeridade fiscal. Essa percepção ganhou força depois de o governo ter voltado a ceder nas discussões sobre a renegociação das dívidas dos Estados, permitindo a retirada, do projeto de lei sobre a renegociação, de mecanismos que determinavam maior disciplina nos gastos, principalmente com folha de pagamento.
O mercado ainda confia que após o julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff o governo do presidente Michel Temer terá mais força para negociar o ajuste fiscal com o Congresso. No entanto, cresce o receio de que Temer tenha de fazer mais concessões e, assim, enfraquecer o esforço de correção das contas públicas.
O Valor traz que as concessões feitas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao Judiciário, tribunais de contas, Ministério Público e Defensoria Pública acirraram as pressões de outras categorias, dizem deputados. Esses órgãos não precisariam, pelo texto apresentado na segunda-feira, seguir as novas regras que "esclareceriam" o que é contabilizado como despesa de pessoal - limitada a 60% da receita corrente líquida dos Estados, teto que é ultrapassado por vários ao interpretarem de forma diversa a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como, por exemplo, deixar de fora a contratação de funcionários terceirizados.
Às 10h35, o DI janeiro de 2021 - que captura mais claramente a percepção de risco com o país - subia a 12,150% ao ano, contra 12,050% no ajuste anterior. Na máxima, essa taxa foi a 12,190%, maior patamar intradia desde 7 de julho (12,360%). A alta de dois dias é a mais forte desde 10 de junho.
A diferença entre os DIs janeiro de 2021 e janeiro de 2018, número interpretado como uma medida de risco, sobe hoje a -0,71 ponto percentual, maior patamar desde 19 de julho. Na segunda-feira, estava em -0,87 ponto.
Entre vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2025 ia a 12,250%, ante 12,130% do ajuste de ontem.
O DI janeiro de 2018 ia a 12,880%, contra 12,820% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 tinha alta a 12,350%, frente a 12,260% no ajuste da véspera.
Entre os vencimentos mais curtos, o DI janeiro de 2017 marcava 13,985%, em relação a 13,980% no ajuste anterior.
O mercado reage mal a sinais de que o governo tem encontrado mais dificuldades para negociar com o Congresso Nacional a aprovação de maior austeridade fiscal. Essa percepção ganhou força depois de o governo ter voltado a ceder nas discussões sobre a renegociação das dívidas dos Estados, permitindo a retirada, do projeto de lei sobre a renegociação, de mecanismos que determinavam maior disciplina nos gastos, principalmente com folha de pagamento.
O mercado ainda confia que após o julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff o governo do presidente Michel Temer terá mais força para negociar o ajuste fiscal com o Congresso. No entanto, cresce o receio de que Temer tenha de fazer mais concessões e, assim, enfraquecer o esforço de correção das contas públicas.
O Valor traz que as concessões feitas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao Judiciário, tribunais de contas, Ministério Público e Defensoria Pública acirraram as pressões de outras categorias, dizem deputados. Esses órgãos não precisariam, pelo texto apresentado na segunda-feira, seguir as novas regras que "esclareceriam" o que é contabilizado como despesa de pessoal - limitada a 60% da receita corrente líquida dos Estados, teto que é ultrapassado por vários ao interpretarem de forma diversa a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como, por exemplo, deixar de fora a contratação de funcionários terceirizados.
Às 10h35, o DI janeiro de 2021 - que captura mais claramente a percepção de risco com o país - subia a 12,150% ao ano, contra 12,050% no ajuste anterior. Na máxima, essa taxa foi a 12,190%, maior patamar intradia desde 7 de julho (12,360%). A alta de dois dias é a mais forte desde 10 de junho.
A diferença entre os DIs janeiro de 2021 e janeiro de 2018, número interpretado como uma medida de risco, sobe hoje a -0,71 ponto percentual, maior patamar desde 19 de julho. Na segunda-feira, estava em -0,87 ponto.
Entre vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2025 ia a 12,250%, ante 12,130% do ajuste de ontem.
O DI janeiro de 2018 ia a 12,880%, contra 12,820% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 tinha alta a 12,350%, frente a 12,260% no ajuste da véspera.
Entre os vencimentos mais curtos, o DI janeiro de 2017 marcava 13,985%, em relação a 13,980% no ajuste anterior.
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