Inflação da baixa renda desacelera em julho, nota FGV
A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias que ganham até 2,5 salários mínimos por mês desacelerou em julho, beneficiada especialmente pelos chamados itens administrados, como passagem de ônibus, contas de telefone, água e esgoto, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) subiu 0,34% no mês passado, taxa menor que a de 0,57% registrada em junho. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,64% no ano, e de 9,14% nos últimos 12 meses.
A inflação das famílias de menor renda ficou abaixo da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que subiu 0,37% em julho, mas ainda foi maior que o acumulado em 12 meses, já que o IPC-BR subiu menos, 8,54%.
Em julho, seis das oito classes de despesa do IPC-C1 registraram variações mais baixas em relação ao mês anterior, com destaque para habitação (0,90% para zero), grupo beneficiado pelo fim do efeito do reajuste da taxa de água e esgoto residencial (4,52% para 0,28%).
Também cederam despesas diversas (0,40% para 0,06%), transportes (-0,01% para -0,06%), vestuário (0,33% para 0,20%), comunicação (0,18% para -0,15%) e alimentação (0,68% para 0,66%), influenciados por cigarros (-0,04% para -0,63%), tarifa de ônibus urbano (0,37% para -0,37%), calçados (1,14% para 0,12%), tarifa de telefone residencial (0,22% para -0,12%) e hortaliças e legumes (-7,59% para -15,22%), respectivamente.
Em contrapartida, saúde e cuidados pessoais (0,38% para 0,77%) e educação, leitura e recreação (0,50% para 0,71%) subiram com artigos de higiene e cuidados pessoais (0,41% para 2,17%) e show musical (-0,19% para 4,46%), respectivamente.
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