Dólar tem maior alta em dois meses após fala de Temer e Ilan
O dólar teve a maior alta em dois meses frente ao real nesta sexta-feira, ajustando-se à sinalização do governo interino de menor tolerância à valorização do câmbio. O cenário externo menos propício a risco também pressionou os negócios hoje.
O dólar negociado no mercado interbancário subiu 1,53%, a R$ 3,1850, apreciação mais forte desde 13 de junho (1,67%). Na máxima, a cotação foi a R$ 3,1940, ganho de 1,82%, o mais intenso desde o Brexit (24 de junho), quando na máxima a divisa disparou 3,09%.
A correção se deu conforme o mercado preferiu realizar lucros recentes, após a cotação ter recuado 4,25% em sete pregões consecutivos de queda - série mais longa em cinco anos. O gatilho para a alta foi a sinalização do governo de que a valorização do câmbio pode ter ido longe demais.
Em entrevista exclusiva ao Valor, o presidente interino, Michel Temer, disse que o movimento do dólar "já chegou à minha mesa" e que a orientação do governo será de busca de um equilíbrio. E em evento em São Paulo, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reafirmou que o BC "utilizará com parcimônia ferramentas cambiais de que dispõe".
As afirmações vêm na sequência de o BC ter reforçado as intervenções no câmbio via swaps cambiais reversos e de notícias sobre o impacto negativo do real mais forte sobre as contas externas.
Para profissionais, o dólar a R$ 3 parece um limite que o governo não quer testar. "Já o BC está em uma situação mais delicada pelo discurso de câmbio flutuante, embora o próprio Ilan tenha dito que a flutuação não é totalmente ?limpa'", afirma o diretor de câmbio de uma corretora.
A alta do dólar aqui foi sustentada ainda pelo exterior, onde divisas emergentes e correlacionadas às commodities perdem terreno. O dólar subia 0,7% frente ao rand sul-africano e o dólar australiano e 1,3% contra o peso chileno.
O dólar negociado no mercado interbancário subiu 1,53%, a R$ 3,1850, apreciação mais forte desde 13 de junho (1,67%). Na máxima, a cotação foi a R$ 3,1940, ganho de 1,82%, o mais intenso desde o Brexit (24 de junho), quando na máxima a divisa disparou 3,09%.
A correção se deu conforme o mercado preferiu realizar lucros recentes, após a cotação ter recuado 4,25% em sete pregões consecutivos de queda - série mais longa em cinco anos. O gatilho para a alta foi a sinalização do governo de que a valorização do câmbio pode ter ido longe demais.
Em entrevista exclusiva ao Valor, o presidente interino, Michel Temer, disse que o movimento do dólar "já chegou à minha mesa" e que a orientação do governo será de busca de um equilíbrio. E em evento em São Paulo, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reafirmou que o BC "utilizará com parcimônia ferramentas cambiais de que dispõe".
As afirmações vêm na sequência de o BC ter reforçado as intervenções no câmbio via swaps cambiais reversos e de notícias sobre o impacto negativo do real mais forte sobre as contas externas.
Para profissionais, o dólar a R$ 3 parece um limite que o governo não quer testar. "Já o BC está em uma situação mais delicada pelo discurso de câmbio flutuante, embora o próprio Ilan tenha dito que a flutuação não é totalmente ?limpa'", afirma o diretor de câmbio de uma corretora.
A alta do dólar aqui foi sustentada ainda pelo exterior, onde divisas emergentes e correlacionadas às commodities perdem terreno. O dólar subia 0,7% frente ao rand sul-africano e o dólar australiano e 1,3% contra o peso chileno.
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