Dólar sobe em dia de ausência do BC e ronda R$ 3,40
O dólar subiu frente ao real pelo segundo pregão consecutivo em meio à alta das taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) e da ausência das atuações do Banco Central no mercado de câmbio.
Dados mais fortes que o esperado da economia americana reforçaram a expectativa de que o aperto monetário nos Estados Unidos pode ser mais forte do que o refletido nos preços no mercado e levaram as taxas das Treasuries a apresentar forte alta, com a taxa do papel de dez anos alcançando a máxima de 2,41%, maior nível desde setembro de 2014.
As encomendas de bens duráveis subiram 4,8% em outubro, acima da alta de 2,7% esperada pelo mercado. "O mercado já precificava uma alta de juros em dezembro, mas os dados econômicos mais fortes, aos poucos, vão levar os investidores a alinhar as apostas às projeções do Fed, acreditando que o ciclo de alta de juros vai ser mais agressivo que o esperado, o que mostra que as taxas dos Treasuries ainda têm espaço para subir", afirma Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos.
Na ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), divulgada hoje, os membros do Fed argumentaram que uma alta da taxa básica de juros em dezembro é necessária para preservar a credibilidade da autoridade monetária. As taxas dos Treasuries refletem 93,5% de chance de uma alta de juros nos EUA em dezembro.
O avanço das taxas dos Treasuries hoje acabou dando fôlego para o dólar, que subiu frente às principais divisas.
No mercado local, o dólar comercial fechou em alta de 1,10% cotado a R$ 3,3929, maior patamar desde 17 de novembro. Já o contrato futuro para dezembro avançava 0,91% para R$ 3,395.
O Banco Central interrompeu a atuação no câmbio após concluir a rolagem do lote de US$ 6,490 bilhões em contratos de swap cambial tradicional que venceria em 1º de dezembro.
O próximo lote de swap tradicional vence em 2 de janeiro de 2017 e soma US$ 5 bilhões.
Para Crespo, o BC pode até voltar a fazer venda líquida de swaps cambiais tradicionais, que equivalem a uma oferta de dólar no mercado futuro, se o real voltar a se descolar dos pares e a volatilidade no câmbio aumentar. "O BC pode voltar a qualquer momento, mas não vai lutar contra uma tendência", diz.
Crespo acredita que o mercado ainda deve ficar volátil no curto prazo em meio às incertezas com o governo do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No caso do real, o fato da moeda ter uma boa performance no ano por conta de fatores positivos no mercado doméstico faz com que a divisa tenha uma correção maior neste momento.
Para o economista da Guide, a pausa nas notícias positivas no mercado doméstico tem ajudado a intensificar o movimento no câmbio, mas o avanço da agenda de ajuste fiscal pode atenuar os fatores negativos vindos do cenário externo. "Diferente de 2015, quando havia notícias negativas tanto no cenário doméstico quanto no externo, hoje temos mais fatores positivos no mercado local", diz.
Dados mais fortes que o esperado da economia americana reforçaram a expectativa de que o aperto monetário nos Estados Unidos pode ser mais forte do que o refletido nos preços no mercado e levaram as taxas das Treasuries a apresentar forte alta, com a taxa do papel de dez anos alcançando a máxima de 2,41%, maior nível desde setembro de 2014.
As encomendas de bens duráveis subiram 4,8% em outubro, acima da alta de 2,7% esperada pelo mercado. "O mercado já precificava uma alta de juros em dezembro, mas os dados econômicos mais fortes, aos poucos, vão levar os investidores a alinhar as apostas às projeções do Fed, acreditando que o ciclo de alta de juros vai ser mais agressivo que o esperado, o que mostra que as taxas dos Treasuries ainda têm espaço para subir", afirma Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos.
Na ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), divulgada hoje, os membros do Fed argumentaram que uma alta da taxa básica de juros em dezembro é necessária para preservar a credibilidade da autoridade monetária. As taxas dos Treasuries refletem 93,5% de chance de uma alta de juros nos EUA em dezembro.
O avanço das taxas dos Treasuries hoje acabou dando fôlego para o dólar, que subiu frente às principais divisas.
No mercado local, o dólar comercial fechou em alta de 1,10% cotado a R$ 3,3929, maior patamar desde 17 de novembro. Já o contrato futuro para dezembro avançava 0,91% para R$ 3,395.
O Banco Central interrompeu a atuação no câmbio após concluir a rolagem do lote de US$ 6,490 bilhões em contratos de swap cambial tradicional que venceria em 1º de dezembro.
O próximo lote de swap tradicional vence em 2 de janeiro de 2017 e soma US$ 5 bilhões.
Para Crespo, o BC pode até voltar a fazer venda líquida de swaps cambiais tradicionais, que equivalem a uma oferta de dólar no mercado futuro, se o real voltar a se descolar dos pares e a volatilidade no câmbio aumentar. "O BC pode voltar a qualquer momento, mas não vai lutar contra uma tendência", diz.
Crespo acredita que o mercado ainda deve ficar volátil no curto prazo em meio às incertezas com o governo do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No caso do real, o fato da moeda ter uma boa performance no ano por conta de fatores positivos no mercado doméstico faz com que a divisa tenha uma correção maior neste momento.
Para o economista da Guide, a pausa nas notícias positivas no mercado doméstico tem ajudado a intensificar o movimento no câmbio, mas o avanço da agenda de ajuste fiscal pode atenuar os fatores negativos vindos do cenário externo. "Diferente de 2015, quando havia notícias negativas tanto no cenário doméstico quanto no externo, hoje temos mais fatores positivos no mercado local", diz.
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