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Confiança do setor de serviços cai pelo segundo mês consecutivo

28/11/2016 09h40

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) registrou a segunda queda mensal consecutiva, após sete altas seguidas. O indicador, apurado pela Fundação Getulio Vargas, recuou 1,4 ponto em novembro, para 77,5 pontos, influenciado pelo componente de expectativas. Na comparação com novembro de 2015, contudo, houve alta, de 10,3 pontos.

"Os resultados de novembro parecem confirmar a fase de ajuste, para baixo, na percepção do setor de serviços sobre o ambiente de negócios. A redução do índice de confiança se dá, basicamente, pela piora das expectativas. A percepção de continuidade no enfraquecimento da atividade vem afetando negativamente a visão das empresas em relação aos meses seguintes. Com isso, o cenário é ainda de queda na atividade real do setor no último trimestre do ano" avalia Silvio Sales, consultor da FGV-Ibre.

Das 13 atividades pesquisadas no setor de serviços, oito apresentaram queda da confiança em novembro. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,6 ponto, para 70,9 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) diminuiu 2,2 pontos, ficando em 84,5 pontos.

A maior contribuição para a variação do ISA no mês foi dada pelo indicador de percepção com a Situação Atual dos Negócios, que caiu 1,8 ponto, para 71,0 pontos. Entre os indicadores integrantes do Índice de Expectativas, o destaque foi o de Demanda Prevista, que recuou 3,9 pontos, para 82,4 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor de serviços subiu 0,1 ponto percentual em novembro, para 82,6%. Na média do bimestre outubro-novembro, o Nuci ficou em 82,5%, abaixo da média de 82,7% registrada no trimestre anterior.

Emprego em queda

Em novembro, o indicador de Ímpeto de Contratações do Setor subiu 1,1 ponto, compensando apenas em parte a queda de 1,3 ponto observada um mês antes. O resultado do bimestre coloca em dúvida a sustentabilidade da tendência de desaceleração do ritmo de desmobilização de mão de obra sugerida pelo avanço do Indicador entre abril e setembro, diz a FGV.

A proporção de empresas que pretendem aumentar o contingente de mão de obra nos três meses seguintes aumentou 2 pontos nos dois últimos meses, de 8,7% para 10,7% do total. Mas a proporção de empresas prevendo reduzir o total de pessoal ocupado subiu ainda mais (2,2 pontos) no período, ao passar de 14,9% para 17,1% do total.

A edição de novembro da sondagem dos serviços colheu informações de 1.933 empresas entre os dias 3 e 23 de novembro, informa a FGV.