Juros futuros de curto prazo sobem após ata do Copom
As taxas dos contratos futuros de curto prazo fecharam em ligeira alta nesta terça-feira, com os investidores mantendo a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário após a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), reforçar a sinalização do comunicado de que a autoridade monetária está confortável com uma aceleração do ritmo de queda da Selic para 0,75 ponto percentual, reduzindo as apostas em intensificação ainda maior dos cortes de juros.
Na BM&F, o DI para janeiro de 2018 subiu de 11,025% para 11,035%, enquanto o DI para janeiro de 2019 avançou de 10,48% para 10,51%. Já o DI para janeiro de 2021 recuou de 10,76% para 10,74% acompanhando a queda das taxas dos Treasuries. A curva de juros reflete mais de 70% de chance de um corte de 0,75 na reunião de fevereiro.
"A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostra que o Banco central vai manter o ritmo de corte de 0,75 ponto percentual, levando a taxa Selic a encerrar o ano em 9,25% ao ano no fim de 2017", afirma Gustavo Loyola, ex-presidente do BC e sócio da Tendências Consultoria.
A ata confirma, segundo Loyola, a sinalização do comunicado e explicita a estratégia do BC de antecipar a queda de juros vendo as expectativas de inflação ancoradas e uma atividade econômica mais fraca do que a esperada. A projeção de inflação no cenário de referência do BC está em 4% para 2017 e em 3,4% para 2018.
Cenário
Entre os principais riscos para um ciclo de corte de juros mais curto e mais agressivo, David Beker, chefe de economia e estratégia para Brasil do Bank of America Merrill Lynch (BofA) destaca as incertezas no cenário externo, com o mercado podendo achar que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) está atrás da curva e precificar um ciclo mais agressivo de aperto monetário nos Estados Unidos, que poderia levar a uma apreciação mais forte do dólar.
Por enquanto, a avaliação do BC é de que fim do interregno benigno para emergentes tem impacto limitado até agora. Segundo David, o câmbio teria de mostrar uma desvalorização muito grande, com o dólar indo para R$ 3,60, para se ter um impacto significativo nas expectativas de inflação e levar o BC e alterar o plano de intensificação do ciclo de corte de juros.
Outro risco para o ciclo de afrouxamento monetário é a não aprovação da reforma da Previdência. O mercado trabalha com a aprovação da medida na Câmara ainda no primeiro semestre.
Nesse cenário, Beker vê a aplicação nos títulos públicos atrelados à inflação, NTN-B, como mais atrativos neste momento, vendo potencial de queda do juro real. Na curva de juros, as taxas com vencimento mais longos para 2020 e 2021, ainda têm um pouco de prêmio segundo o estrategista do BofA.
Nesse cenário, Beker afirma que parte dos investidores estrangeiros aproveitou o movimento de queda das taxas após a decisão do BC de acelerar o ritmo de cortes na semana passada para 0,75 ponto para realizar parte dos lucro, e reduziu a posição em taxas de juros prefixadas, mas ele ainda vê oportunidade de ganho com essas aplicações. "O estrangeiro ainda está alocando tanto na parte de juros nominais quanto nos papéis indexados à inflação", diz.
Na BM&F, o DI para janeiro de 2018 subiu de 11,025% para 11,035%, enquanto o DI para janeiro de 2019 avançou de 10,48% para 10,51%. Já o DI para janeiro de 2021 recuou de 10,76% para 10,74% acompanhando a queda das taxas dos Treasuries. A curva de juros reflete mais de 70% de chance de um corte de 0,75 na reunião de fevereiro.
"A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostra que o Banco central vai manter o ritmo de corte de 0,75 ponto percentual, levando a taxa Selic a encerrar o ano em 9,25% ao ano no fim de 2017", afirma Gustavo Loyola, ex-presidente do BC e sócio da Tendências Consultoria.
A ata confirma, segundo Loyola, a sinalização do comunicado e explicita a estratégia do BC de antecipar a queda de juros vendo as expectativas de inflação ancoradas e uma atividade econômica mais fraca do que a esperada. A projeção de inflação no cenário de referência do BC está em 4% para 2017 e em 3,4% para 2018.
Cenário
Entre os principais riscos para um ciclo de corte de juros mais curto e mais agressivo, David Beker, chefe de economia e estratégia para Brasil do Bank of America Merrill Lynch (BofA) destaca as incertezas no cenário externo, com o mercado podendo achar que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) está atrás da curva e precificar um ciclo mais agressivo de aperto monetário nos Estados Unidos, que poderia levar a uma apreciação mais forte do dólar.
Por enquanto, a avaliação do BC é de que fim do interregno benigno para emergentes tem impacto limitado até agora. Segundo David, o câmbio teria de mostrar uma desvalorização muito grande, com o dólar indo para R$ 3,60, para se ter um impacto significativo nas expectativas de inflação e levar o BC e alterar o plano de intensificação do ciclo de corte de juros.
Outro risco para o ciclo de afrouxamento monetário é a não aprovação da reforma da Previdência. O mercado trabalha com a aprovação da medida na Câmara ainda no primeiro semestre.
Nesse cenário, Beker vê a aplicação nos títulos públicos atrelados à inflação, NTN-B, como mais atrativos neste momento, vendo potencial de queda do juro real. Na curva de juros, as taxas com vencimento mais longos para 2020 e 2021, ainda têm um pouco de prêmio segundo o estrategista do BofA.
Nesse cenário, Beker afirma que parte dos investidores estrangeiros aproveitou o movimento de queda das taxas após a decisão do BC de acelerar o ritmo de cortes na semana passada para 0,75 ponto para realizar parte dos lucro, e reduziu a posição em taxas de juros prefixadas, mas ele ainda vê oportunidade de ganho com essas aplicações. "O estrangeiro ainda está alocando tanto na parte de juros nominais quanto nos papéis indexados à inflação", diz.
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