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Vale e Bradespar corrigem e seguram Ibovespa, que tem leve alta

21/02/2017 14h04

O Ibovespa testou o terreno dos 69 mil pontos pela manhã, mas diminuiu os ganhos com a virada das ações da Vale e operava em ligeira alta às 13h50, com ganho de 0,16%, para 68.641 pontos.


As ações da Vale e da Bradespar ainda tiveram fôlego para mais valorização pela manhã, mas não resistiram à tarde, mesmo com a alta dos recibos de ações (ADRs) nos Estados Unidos. Bradespar PN caía 2,78% e Vale ON caía 2,36%, liderando as perdas do índice no horário.


O acordo de acionistas da Vale, anunciado ontem, continua no centro das atenções. Ontem, o Ibovespa subiu 1,16%, aos 68.533 pontos, impulsionado em grande parte pelos papéis da mineradora: Vale PNA subiu 6,17% e Vale ON, 6,93%. Já as preferenciais da Bradespar, acionista da Vale, ganharam 16,62%.


No setor de Vale, sobe Gerdau PN (2,34%). O minério de ferro continuou hoje sua toada de valorização, em meio ao impulso do mercado futuro. No porto chinês de Qingdao, os preços do produto com teor de 62% de ferro avançaram 2,7% e terminaram em US$ 94,86 por tonelada, segundo índice da "Metal Bulletin". Com esse desempenho, a cotação média de fevereiro chegou a US$ 87,29, patamar já 8,1% maior do que em janeiro. No acumulado de 2016, o minério já sobe 20,3%.


As ações ON da Ecorodovias lideram os ganhos do horário, com valorização de 3,8%. A empresa registrou lucro líquido de R$ 88,7 milhões no quarto trimestre de 2016, em alta de 118,5% ante o lucro líquido de R$ 40,6 milhões no quarto trimestre de 2015.


Câmbio


O movimento do dólar no exterior deu o tom aos negócios no mercado local e justificou a alta da moeda americana em relação ao real. A cotação, entretanto, não se afastou dos R$ 3,10 e, na visão dos profissionais, ainda tem potencial de queda, dado o cenário local considerado positivo e favorável ao fluxo de recursos externos.


No exterior, cresceu a aposta em uma alta mais forte dos juros pelo Federal Reserve (Fed) este ano, dados os números recentes de inflação e de atividade.


O dólar comercial subia 0,18% para R$ 3,0932, às 13h58. Valorização semelhante era verificada no contrato futuro para março: alta de 0,15%, para R$ 3,0975.


O que ameniza a pressão de alta do real é a percepção de que o fluxo de recursos externos segue positivo. O acordo de acionistas anunciado ontem pela Vale é mais um elemento nesse sentido, uma vez que a operação - que resultará na unificação das ações da companhia em uma única classe, as ordinárias - tende a atrair mais investidores estrangeiros.


O sócio da Rosenberg Investimentos Marcos Mollica chama a atenção para o fato de que os sinais de que as grandes economias mundiais ingressaram em um processo de recuperação são firmes. E isso deve contribuir para reforçar o fluxo de recursos para investimentos em países emergentes, inclusive para o Brasil.


Nesse ambiente, o Banco Central deu hoje sequência à rolagem parcial do vencimento de US$ 6,954 bilhões em contratos de swap cambiais de março. Foi vendido integralmente a oferta de 6 mil contratos do derivativo, o equivalente a US$ 300 mil.


Juros


O baixo volume de negócios e as oscilações modestas das taxas de juros futuros nesta manhã confirmam que o mercado vê pouco espaço para surpresas na reunião do Copom, que começa hoje e termina amanhã. Como há alguns meses não acontecia, o mercado chega à véspera da decisão praticamente operando sob o consenso de que o BC cortará a Selic em 0,75 ponto percentual, atribuindo baixa probabilidade de a autoridade monetária acelerar o passo neste encontro.


Segundo cálculos do mercado, a curva a termo precifica hoje cerca de 82% de chance de o Copom voltar a cortar a Selic em 0,75 ponto e cerca de 18% de probabilidade de acelerar o ritmo para um ponto percentual.


Às 13 horas, DI janeiro/2018 tinha taxa de 10,495%, ante 10,530% ontem. DI janeiro/2021 era negociado a 10,230%, ante 10,270% ontem.