Desemprego em SP abre 2017 com alta, aponta Dieese
A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu de 16,2% em dezembro para 17,1% no primeiro mês de 2017, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O aumento da taxa de desemprego entre dezembro e janeiro foi bem maior que o registrado no período 2015/2016. Em janeiro do ano passado, o desemprego foi de 14%, saindo de uma taxa de 13,9% em dezembro de 2015.
O contingente de desempregados foi estimado em 1,549 milhão de pessoas em janeiro deste ano, 88 mil a mais do que em dezembro, aumento de 4,9%. A região metropolitana cortou no período 153 mil postos de trabalho, retração de 1,6% em relação ao mês anterior. A força de trabalho, contudo, perdeu 65 mil pessoas, recuo de 0,6%, que evitou alta mais expressiva da taxa de desemprego.
Todos os setores demitiram. Em termos absolutos, o pior resultado foi dos serviços, com 82 mil cortes, queda de 1,5% no nível de emprego. A construção reduziu o quadro de funcionários em 4,9%, com 29 mil demissões líquidas, enquanto a indústria contraiu 3,6%, com eliminação de 49 mil empregos. O comércio fechou mil vagas, retração de 0,1%.
Renda
Na passagem entre novembro e dezembro, o rendimento médio real tanto dos ocupados quanto dos assalariados cresceu 0,9%, para R$ 2.028 e R$ 2.093, respectivamente. Na comparação com o mesmo período de 2015, a renda dos ocupados caiu 3,9% e a dos assalariados recuou 2,4%, já descontada a inflação.
A massa real de rendimentos dos ocupados avançou 1,4% e a dos assalariados aumentou 0,9%. No confronto com dezembro de 2015, a massa dos ocupados diminuiu 6,6% e a dos assalariados encolheu 7,4%.
Na PED, os dados de renda se referem sempre ao mês anterior ao de referência da pesquisa.
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