Melhora de expectativas impulsiona confiança de serviços, nota FGV
Apoiado na melhora das expectativas, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve ligeira alta de 0,5 ponto em fevereiro, para 80,9 pontos, ante janeiro, quando subiu 4,1 pontos, feito o ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis bimestrais, a alta foi de 2,3 pontos. Ante fevereiro de 2016, o indicador avançou 11,7 pontos.
"Os indicadores de fevereiro confirmam a melhora no ânimo das empresas de serviços neste início de ano. A consistente queda da inflação e o início do ciclo de redução da taxa básica de juros, associados às perspectivas de implementação de reformas que abram caminho para o ajuste das contas públicas, devem atuar para a contínua melhora na percepção empresarial sobre o rumo dos negócios. O índice de confiança retorna ao nível do início de 2015, mas segue bastante apoiado nas expectativas, reforçando a ideia de uma transição lenta para uma fase de retomada do crescimento da atividade real do setor", avalia Silvio Sales, consultor do FGV-Ibre.
Houve alta da confiança em 7 das 13 principais atividades pesquisadas. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 0,8 ponto, para 73,5 pontos, após subir 4,7 pontos em janeiro. O Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,9 ponto, para 88,5 pontos, o maior nível desde outubro de 2014.
A maior contribuição para a variação do indicador de situação atual no mês foi dada pelo índice de percepção com a situação dos negócios, com queda de 1,0 ponto para 73,4 pontos. Entre os indicadores integrantes do Índice de Expectativas, o destaque positivo foi o de demanda prevista, que variou 3,3 pontos, para 86,4 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços recuou 0,2 ponto percentual em fevereiro, para 82,1%, ante janeiro, feito o ajuste sazonal.
Emprego
O setor de serviços, além de apresentar o maior valor adicionado na economia brasileira, é aquele que também mais emprega. Por esse motivo, sinalizações sobre as expectativas de contratação neste setor para os meses seguintes são relevantes.
Na sondagem de fevereiro, o indicador de Emprego Previsto subiu 0,6 ponto, alcançando 93,7 pontos. Entre as 1.897 empresas consultadas, 12,4% planejam contratar nos próximos três meses, enquanto 18,2% afirmam que irão reduzir o quadro de pessoal. Sob a ótica trimestral, o indicador retorna em fevereiro ao nível de dois anos atrás, quando o ajuste de pessoal do setor apenas começava.
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