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Dona da Claro lidera mais uma vez queixas de consumidores no Procon-SP

16/03/2017 11h43

O grupo América Móvil, composto pelas empresas Claro, Net e Embratel, liderou pelo segundo ano consecutivo o ranking de reclamações do Procon-SP em 2016, somando 4.704 registros. Apesar da diminuição em seus números em relação a 2015, o grupo piorou seu índice de solução de demandas, passando de 77% para 74% em 2016.


O grupo Pão de Açúcar ocupou a vice-liderança do levantamento,à frente de empresas dos segmentos de telecomunicações, historicamente mais demandadas nos Procons. Em 2015, o grupo varejista havia ocupado o quinto lugar no ranking de queixas do Procon-SP.


Composto pelas empresas Pontofrio.com.br, Casasbahia.com.br, Extra.com.br, Casas Bahia, Ponto Frio, Via Varejo S/A, Pão de Açúcar, Comprebem, Eletro, Companhia Brasileira de Distribuição, Extra Hipermercado e Sé Supermercados Ltda., o Pão de Açúcar teve amaior parte das suas reclamações concentrada na operação de e-commerce: 89% das queixas, na grande maioria relacionadas à não entrega de produtos.


Em terceiro lugar está a Vivo/Telefônica, com 4.022 registros, voltando a aumentar seu número de reclamações em relação a 2015.


Apesar de se manter em 4º lugar, a TIM Celular apresentou redução de cerca de 28% em suas reclamações em 2016, passando de 2.351 registros no ano anterior para 1.676, com aumento no índice de solução para 81%.


A Sky Brasil cresceu no número de reclamações, especialmente nos Procons Municipais. A empresa saltou da 18ª posição no cadastro da capital para 5ª colocação no Ranking Estadual com 1.533 queixas.


Confira aqui o ranking completo do Procon-SP.


Samsung e Bradesco atendem menos as demandas


O destaque negativo em relação ao índice de solução em 2016, de acordo com o Procon-SP, foram as chamadas associações de aposentados, que lideraram o setor de serviços privados. Do total de 1.357 registros, as três associações mais reclamadas só atenderam 18 consumidores. São elas: Associação Paulista dos Beneficiários da Seguridade e Previdência (APABESP/CEPAASP), Associação Brasil de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos (ASBP/PRODAC) e Associação Nacional da Seguridade e Previdência (ANSP).


A Samsung, além de passar a figurar entre as dez empresas mais reclamadas em 2016, teve o pior índice de atendimento entre elas: 42%. A empresa de eletroeletrônicos também surpreendeu negativamente, com aumento de 91% no volume de queixas, passando de 613 para 1.169 registros em 2016.


O grupo Bradesco, entre as instituições financeiras mais demandadas, foi a única que aumentou seu volume de reclamações, além de diminuir o índice de solução em dez pontos percentuais - de 63% em 2015 para 53% em 2016.


Metodologia


Para a elaboração do ranking de reclamações de 2016, divulgado nesta quinta-feira (16), a Fundação Procon-SP, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, contou com a participação de 41 Procons municipais.


O levantamento apresenta as empresas e setores mais reclamados, além dos índices de soluções, que servem como parâmetro para os consumidores conhecerem os fornecedores com maior número de queixas e como eles atendem as demandas.


O ranking contém os 50 fornecedores (empresas ou grupo de empresas) que mais geraram as chamadas "reclamações fundamentadas" - trata-se de reclamações que não foram solucionadas na fase preliminar de atendimento e geraram a abertura de um processo administrativo.


Ao todo, foram registrados 894.845 atendimentos no Procon-SP no ano passado, entre consultas, orientações, carta de informações preliminares e reclamações. Destes, 55.539 geraram reclamações fundamentadas.