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Planalto evita comentar baixa popularidade de Temer em pesquisa

31/03/2017 12h18

O Palácio do Planalto não se manifestou nesta sexta-feira sobre a baixa popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) verificada na primeira pesquisa Ibope encomendada neste ano pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A avaliação positiva do governo diminuiu para 10%, enquanto a avaliação negativa avançou a 55%. Em relação à maneira de governar de Temer, houve 73% de desaprovação e 20% de aprovação.


Internamente no governo, interlocutores do Palácio do Planalto ecoam o discurso do próprio presidente de que este governo - de caráter transitório desde o impeachment de Dilma Rousseff (PT) - não se preocupa com popularidade, mas com ajustes macroeconômicos para o país, entregando-o em melhores condições a um sucessor em 2018. A expectativa do governo, porém, é de eventual melhora na avaliação em caso de confirmação de projeções melhores para a economia.


"Populista é aquela medida irresponsável, é aquela que tem um significado de aplauso imediato, mas de desastre depois por ser populista, o que a diferencia das medidas ditas populares, que demandam muitas vezes uma passagem do tempo para ser reconhecido. O que nós estamos fazendo são medidas populares para serem reconhecidas ali adiante", disse o próprio presidente Temer em discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta semana, reafirmando uma espécie de mantra desde que assumiu o posto.


A proposta de reforma da Previdência Social é apontada como um dos principais componentes para a piora na percepção do eleitorado em geral sobre o desempenho do governo. Para o Palácio do Planalto, houve distorções e inverdades disseminadas entre a sociedade em relação ao propósito da agenda de reformas propostas por Temer.


Mesmo os indicadores mais recentes de melhora na atividade econômica, avaliam interlocutores de Temer, não são suficientes para resultarem em melhora na avaliação do governo, porque a população em geral ainda ressente o cenário de crise econômica. Segundo ele, a popularidade no mais alto posto de comando do país é a última posição onde os indicadores macroeconômicos são refletidos, positivo ou negativamente, na avaliação de auxiliares do presidente.