Ibovespa corrige preços e fecha em alta de 1,60%
A sinalização de que o Congresso Nacional deve continuar com o cronograma de aprovação das reformas trouxe certo alívio aos investidores. O Ibovespa encerrou o pregão com alta de 1,60% aos 62.662 pontos e giro financeiro de R$ 7,6 bilhões. Mas a alta do índice também é explicada pelo fato de que várias ações ficaram baratas nos últimos dias e passaram a ser atraentes aos investidores.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que pretende colocar a proposta de reforma da Previdência em votação, no plenário da casa, na primeira quinzena de junho. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-CE) manteve para hoje a leitura do parecer sobre a reforma trabalhista na sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A sessão foi interrompida por volta das 16h quando teve início um tumulto entre os senadores.
Entre as ações mais negociadas, o destaque de alta ficou com os papéis ordinários da JBS. Depois de cair mais de 7% no começo do pregão e entrar em leilão, as ações inverteram o movimento e fecharam o dia com alta de 9,53% a R$ 6,55. Apesar da valorização do papel, as ações têm queda de 35,97% neste mês. A ação da empresa de carnes, que vem sendo bastante pressionada após a divulgação da delação premiada dos irmãos Batista, teve o quarto maior volume financeiro do Ibovespa, de R$ 477,7 milhões.
Outro destaque de alta foram os papéis da Eletrobras, que subiram 5,32%, depois que o presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, disse que mantém o compromisso com o trabalho de reestruturação da companhia. Ontem, a empresa anunciou um plano de aposentadoria extraordinária para o qual são elegíveis 4.607 empregados. As ações PNB da Eletrobras subiram 3,81%.
Os papéis das companhias ligadas ao setor de commodities também fecharam em alta. As ações PNA da Vale subiram 0,64% e os papéis ordinários tiveram alta de 1,22%. As ações preferenciais da Petrobras subiram 0,67% e os papéis ordinários tiveram alta de 0,77%. As ações do sistema financeiro também fecharam em alta, com destaque para os papéis do Santander, que subiram 2,28%.
Hoje, o Banco Central (BC) divulgou dados sobre o investimento estrangeiro em ações até o dia 19 de maio, início da crise política. Os números mostram que houve um ingresso de US$ 184 milhões em aplicações na Bovespa e na bolsa de Nova York. Para 2017, o BC estima entrada de US$ 10 bilhões. Apesar de os números serem pré-crise, indicam que o investidor estrangeiro pode estar mais pragmático em relação à situação do país.
Para o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora, qualquer dado de mercado seja macroeconômico ou microeconômico referente ao período anterior à crise perdeu muito da relevância. "Esse dado vem em um momento mais delicado, em função da crise política. Reflete mais o movimento de antes da fatídica quinta-feira", diz. Para ele, enquanto não houver uma definição sobre a situação política e aprovação das reformas, o Ibovespa deve continuar oscilando.
A B3 também divulgou dados referentes à participação dos estrangeiros na bolsa de valores. Neste mês, até o dia 19, os estrangeiros já haviam deixado R$ 1,1 bilhão na bolsa. No ano, o saldo é positivo em R$ 4,5 bilhões.
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