PF envia investigação sobre palestras de Lula à procuradoria no PR
A Polícia Federal (PF) em Curitiba enviou ao Ministério Público Federal (MPF) o inquérito policial que apura supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que envolveriam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a empresa que constituiu em 2012 para receber por palestras -- já como ex-presidente da República --, a Lils Palestras, Eventos e Publicações.
Com a conclusão da investigação da PF sobre o caso, agora o MPF terá prazo para apresentar denúncia ao juiz federal Sergio Moro, que decidirá pela abertura ou não de nova ação penal contra o petista. Atualmente Lula é réu em seis ações penais em Curitiba e também no Distrito Federal.
A PF suspeita que a Lils tenha recebido R$ 9 milhões diretamente do cartel de empreiteiras que loteavam contratos com a Petrobras em troca de pagamentos de propinas a políticos e a funcionários da estatal. Também são investigados pagamentos indiretos recebidos pela Lils de outras empresas.
A hipótese investigativa da força-tarefa da Lava-Jato é que os pagamentos feitos a título de palestras realizadas por Lula no Brasil, África, Américas Central e Latina, tenham ocultado o recebimento de propinas.
O material investigado pela PF será juntado às provas fornecidas por delatores da Odebrecht e que foram encaminhadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Curitiba por haver conexão com o caso Petrobras, do qual Sergio Moro é o titular na primeira instância da Justiça Federal do Paraná. A Odebrecht foi uma das empresas que contratou palestras de Lula.
Lula e seus advogados têm negado qualquer irregularidade ou ilicitude na remuneração pelas palestras feitas pelo petista no Brasil e no exterior. Os advogados do ex-presidente afirmam que as palestras ocorreram, e que, portanto, os serviços foram devidamente prestados e declarados à Receita Federal.
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