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IPCA-15 desacelera alta para 0,16% em junho e sobe 3,52% em 12 meses

23/06/2017 09h17

(Atualizada às 9h26) A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), desacelerou para 0,16% em junho, após marcar 0,24% em maio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o menor resultado para junho desde 2006, quando houve deflação de 0,15%.


Nos 12 meses encerrados em junho, o IPCA-15 desacelerou para 3,52%, de 3,77% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. É a menor taxa para 12 meses desde junho de 2007, quando o índice avançou 3,44%.


O resultado divulgado pelo IBGE veio um pouco acima da média de 0,12% estimada por 25 analistas ouvidos pelo Valor Data. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,07% a 0,19%. A expectativa em 12 meses era de que a prévia da inflação ficasse em 3,48%.


Em queda, apareceram Alimentação e bebidas (-0,47%) e Transportes (-0,10%). O grupo dos alimentos, que tem participação de 26% nas despesas das famílias, exerceu o mais intenso impacto negativo e retirou 0,12 ponto percentual, enquanto Transportes, que participam com 18%, subtraíram 0,02 ponto.


A queda nos alimentos foi ainda mais intensa quando considerados os produtos comprados para consumo em casa, que chegaram a ficar 0,83% mais baratos.


Nos transportes, a queda de 0,10% foi influenciada pelos preços dos combustíveis, que cederam 0,66%, especialmente pelo etanol, que recuou 2,05%. O preço da gasolina diminuiu 0,37%. Caíram também as tarifas dos ônibus interestaduais (-0,95%), enquanto as passagens aéreas aumentaram 6,83%.


Habitação, ao contrário, acelerou entre maio e junho: foi de 0,15% para 0,93%. Essa alta foi influenciada pela conta da energia elétrica, cujo avanço de 2,24% levou à contribuição de 0,08 ponto percntual e foi o principal impacto para cima no indicador. O grupo foi pressionado, ainda, pela taxa de água e esgoto (1,57%), condomínio (1,14%) e artigos de limpeza (0,84%).


As demais variações positivas foram artigos de residência (de 0,02% para 0,15%), vestuário (de 0,74% para 0,69%), despesas pessoais (de 0,27% para 0,26%), saúde e cuidados pessoais (de 0,84% para 0,64%), educação (de 0,05% para 0,03%) e comunicação (de 0,19% para 0,12%).



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