CCJ do Senado faz última audiência antes de votar reforma trabalhista
Teve início na manhã desta terça-feira (27) a última audiência antes da votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, marcada para amanhã (28).
A CCJ é a última das comissões pelas quais tramita o texto, aprovado pela Câmara dos Deputados no final de abril, no Senado. Ele já foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e rejeitado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Pelo calendário acertado entre governo e oposição, o texto deve ser votado pelo plenário do Senado na semana que vem.
A sessão começou esvaziada, apenas com a presença do presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), e de Paulo Paim (PT-RS). Depois, chegaram Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffman (PT-PR) e Ângela Portela (PDT-RR).
A sessão desta terça-feira tem como convidados o relator do projeto na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN), o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e representantes da Justiça do Trabalho. Além deles, a advogada Christina Aires Correa Lima fala em nome da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no lugar do presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, que não compareceu.
Foi pelas mãos de Marinho que a reforma trabalhista tomou forma na Câmara. Ele recebeu um texto encaminhado pelo governo ao Congresso com sete mudanças pactuadas entre o Palácio do Planalto e a centrais sindicais em janeiro deste ano. Transformou-o em uma reforma mais ampla, com mudanças em mais de 100 artigos e 200 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Ontem, após a apresentação da denúncia da Produradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, senadores e deputados de oposição afirmavam não haver mais condições para levar adiante a agenda de reformas do governo.
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