Fiesp: Atividade da indústria cresce em maio, mas expectativas pioram
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista aumentou 0,6% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informa a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve alta de 3%. No ano, o indicador cai 1,6%. Em 12 meses, recua 5,5%.
O resultado de maio ante abril teve forte influência do total de vendas reais, que subiu 2,4%, informa a Fiesp. Entre as demais variáveis de conjuntura que compõem o INA, houve aumento no número de horas trabalhadas na produção (0,2%) e estabilidade no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci).
Segundo Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, a recuperação da atividade industrial continua "lenta, hesitante e com viés de baixa".
Em 18 setores divulgados, três tiveram destaque. O de bebidas registrou elevação de 0,3% em maio, na série com ajuste sazonal. As horas trabalhadas na produção avançaram 0,5%, total de vendas reais caiu 0,6% e o Nuci ficou estável.
O INA de artigos de borracha e plástico avançou 2%. As horas trabalhadas na produção, vendas reais e o Nuci avançaram 2,3%, 3,2% e 0,4 ponto percentual, respectivamente. Já para o setor de móveis houve elevação de 3,5%. As vendas reais e o total de horas trabalhadas na produção subiram 6,6% e 5,3%, respectivamente. Já o Nuci recuou 0,3 ponto.
Expectativas
A pesquisa Sensor de junho caiu um ponto, para 50,9 pontos, na série com ajuste sazonal. Leituras acima de 50 pontos sinalizam expectativa de aumento da atividade industrial para o mês.
Dos indicadores que compõem o Sensor, o que capta as condições de mercado caiu 3 pontos e passou para 51,9 pontos em junho, de 54,9 pontos em maio. Acima dos 50 pontos, indica melhora das condições de mercado.
A queda também foi verificada no indicador de emprego, que cedeu 2,8 pontos, marcando 48,7 pontos, ante os 51,5 pontos do mês anterior. Resultados abaixo dos 50 pontos indicam expectativa de demissões para o mês. Já o estoque cedeu 0,4 ponto, para 48,4 pontos, ante os 48,8 de maio, que indica que os estoques estão acima do nível desejado.
O único destaque positivo foi o componente vendas, que avançou para 54,7 pontos, ante os 53,9 pontos de maio, sendo este o melhor resultado do mês de junho desde 2009.
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